Confiança dos consumidores cai dois meses consecutivos

A confiança dos consumidores portugueses caiu pelo segundo mês consecutivo em setembro, depois de ter atingido o valor máximo da série em julho.

Os portugueses estão menos confiantes nas suas expectativas quanto ao mercado de trabalho e à situação económica do país. Depois de ter atingido máximos consecutivos, o indicador da confiança dos consumidores deteriorou-se em agosto e em setembro. O destaque divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística revela que, ainda assim, as expectativas relativas à situação financeira familiar e à evolução da poupança melhoraram.

“O indicador de confiança dos Consumidores diminuiu nos últimos dois meses, interrompendo a trajetória positiva observada desde o início de 2013 e que tinha culminado no valor máximo da série em julho”, lê-se na nota de conjuntura publicada esta quinta-feira pelo INE. Este indicador tinha vindo consecutivamente a quebrar recordes da série estatística iniciada em 1997, mas inverteu a sua evolução em agosto.

Esta evolução negativa da confiança dos consumidores portugueses “resultou do contributo negativo do saldo das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país“, diz o INE. Por outro lado, há melhorias na confiança em dois indicadores: é o caso da situação financeira do agregado familiar e as perspetivas sobre a evolução da poupança. Na semana passada, o INE revelou que a taxa de poupança das famílias portuguesas estabilizou no segundo trimestre de 2017 em 5,2%.

No mesmo inquérito de conjuntura, o INE revela que o indicador de clima económico estabilizou em setembro, depois de registar uma diminuição em agosto. As empresas da indústria transformadora, construção, obras públicas e serviços estão mais confiantes. Por outro lado, a confiança dos empresários no comércio diminuiu, fruto da menor confiança com o volume de vendas.

O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou nos últimos nove meses, atingindo o máximo desde julho de 2002 e refletindo em setembro o contributo positivo das duas componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, mais expressivo no primeiro caso”, aponta o destaque. Ao elencar os obstáculos à atividade, os empresários deste setor referem a insuficiência da procura como o principal fator negativo.

Confiança na zona euro atinge máximo de 10 anos

Há uma década que os consumidores da zona euro não estavam tão confiantes. O indicador de confiança dos consumidores atingiu os 113 pontos em setembro, acima dos 111.9 de agosto.

Segundo a informação divulgada pela Comissão Europeia esta quinta-feira, o clima económico também melhorou graças à maior confiança da indústria, do retalho e da construção, atingindo um máximo de abril de 2011.

(Atualizado às 10h10)

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