May quer mais cordialidade nas negociações com a UE. Juncker mostra-se cético
A diplomata pede um novo tom nas negociações com a UE e promete que o país continuará a zelar pela segurança do bloco. Do outro lado, Juncker afirma que só um "milagre" trará progressos rápidos.
Theresa May quer que os negociadores da União Europeia respondam de forma benevolente às suas propostas apresentadas em Florença na semana passada. A ministra também reforça questões de segurança e afirma que o país continuará a proteger a UE depois das negociações do Brexit, avança a Bloomberg esta sexta-feira.
Já a União Europeia tem vindo a demonstrar uma posição mais cética. Jean-Claude Juncker garante que haverá dificuldades em atingir progressos suficientes nas negociações até ao final do próximo mês na cimeira de líderes da União Europeia em Talin. “Daqui até final de outubro não teremos progressos suficientes, a não ser que aconteça um milagre”, garante Juncker.
A primeira-ministra britânica pede um novo tom na sequência do seu discurso em Florença na semana passada. A primeira-ministra acredita ter dado um novo impulso às negociações com o bloco europeu ao ter abordado de forma mais detalhada a saída do Reino Unido da UE. “Eu vejo o discurso que dei… a ser reproduzido nas propostas que serão apresentadas pela União Europeia”, diz, citada pela Bloomberg.
Theresa May reforça ainda a necessidade de manter relações com o bloco europeu em questões de segurança. No discurso feito em Itália tinha referido as relações no contexto da ameaça terrorista, mas agora acrescenta que o Reino Unido manter-se-á “incondicionalmente comprometido” em proteger a Europa face a ameaças da Rússia que, nas suas palavras, “viola deliberadamente a ordem internacional”. “Precisamos de nos juntar com os nossos aliados para defender o sistema internacional”, sublinhou junto das tropas britânicas no norte da Estónia.
Michel Bernier, à semelhança de Juncker, mostrou uma visão menos otimista, ao referir esta quinta-feira que pode demorar “semanas ou até meses” até haver avanços significativos no processo. Em causa está a salvaguarda da integridade do mercado único e os direitos dos contribuintes da União Europeia.
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