Histórico do PCP Aurélio Santos morreu aos 88 anos
O funeral terá lugar esta segunda-feira, após estar em câmara ardente durante o dia em Lisboa. O histórico do PCP morreu este sábado.
O dirigente do PCP Aurélio Santos morreu no sábado, aos 88 anos, estando as cerimónias fúnebres agendadas para segunda-feira, informou hoje o Partido Comunista Português, em comunicado.
Aurélio Santos nasceu em Vilar de Torpim, distrito da Guarda, em 1930, e “desde muito jovem participou na luta antifascista”, nomeadamente no movimento estudantil, enquanto estudante de Medicina, em Lisboa, segundo a nota do PCP.
Da biografia consta a detenção em 1953, depois de julgado em Tribunal Plenário e condenado a dois anos de prisão, tendo estado nas prisões do Porto, do Aljube e de Caxias. Dois anos depois, aderiu ao PCP e passou à clandestinidade em 1957. Aurélio Santos integrou o Comité Central do PCP de 1965 a 2004.
Após o 25 de Abril, foi chefe de gabinete do histórico líder comunista Álvaro Cunhal no primeiro Governo provisório e “deu uma valiosa contribuição para divulgar a revolução portuguesa no estrangeiro” enquanto responsável da secção internacional do PCP entre 1974 e 1975, segundo a mesma nota do partido.
Foi ainda responsável pela secção de Informação e Propaganda, do Gabinete de Imprensa e pela Organização do Setor de Artes e Letras, e integrou a comissão junto do Comité Central para a cultura literária e artística, bem como a direção da Festa do “Avante!”.
O PCP recorda o dirigente também enquanto mandatário nacional da candidatura de Jerónimo de Sousa à presidência da República em 1996, membro da Comissão Executiva Nacional (1990-1992) e a Comissão Central de Controlo de 1996-2008. Foi ainda membro do Conselho Nacional da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
“À sua família, em particular às suas filhas, o secretariado do Comité Central endereça as mais sentidas condolências”, lê-se ainda no comunicado, que informa que o corpo de Aurélio Santos estará em câmara ardente a partir das 09:00 de segunda-feira, na casa mortuária da igreja de S. Francisco de Assis, Av. Afonso III, em Lisboa.
Deste local, o funeral partirá às 16:45, para o cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado pelas 17:30.
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