Ryanair com medo promete aumentos salariais aos pilotos

Depois do cancelamento de milhares de voos, os pilotos da Ryanair juntaram-se a sindicatos. A companhia avança agora com uma carta onde promete melhores condições salariais e alterações na empresa.

A onda de cancelamentos de voos por parte da Ryanair afetou milhares de passageiros mas as consequências não ficaram por aqui. Também os pilotos se mostraram descontentes com a situação e, com medo, a companhia irlandesa promete agora mudanças significativas na empresa, tais como bónus de fidelidade e aumentos salariais.

Não está a ser um período fácil para a companhia low-cost. Depois de terem sido cancelados milhares de voos nas últimas semanas, os pilotos da Ryanair, descontentes com a situação, juntaram-se a alguns sindicatos. Face a isto, a empresa agiu e avançou com promessas de melhores condições de trabalho.

Esta quinta-feira, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, enviou uma carta aos seus mais de quatro mil pilotos, à qual o jornal irlandês Independent teve acesso [acesso livre, conteúdo em inglês], a pedir para ficarem na Ryanair, “para um futuro melhor“.

São prometidos aumentos salariais entre os cinco e os dez mil euros por ano, bónus de fidelidade entre os seis e os 12 mil euros, rotas melhoradas e compensações para os pilotos que operem longe da cidade natal. Foi ainda prometido que os “dias de folga serão realmente dias de folga“.

O’Leary sublinhou ainda que a Ryanair é um “empregador muito seguro”, realçando que os seus pilotos “são os melhores do mercado, trabalham muito e são extremamente profissionais”.

A empresa pediu ainda para não ser trocada pelas companhias aéreas concorrentes, como a Norwegian Airlines ou empresas que possam vir a ser afetadas pelo Brexit. Há ainda um destaque para as “falências recentes da Air Berlin, Alitalia e Monarch”.

No início de setembro a companhia irlandesa anunciou a primeira ronda de cancelamentos. No entanto, no final do mês, anunciou o cancelamento de mais 18 mil voos até final de março, afetando 700 mil passageiros. Como justificação, a Ryanair alegou uma má gestão na distribuição das férias dos pilotos, bem como o número insuficiente destes profissionais para garantir as suas operações.

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