CGTP marca “grande manifestação nacional” para 18 de novembro

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

O líder da intersindical nacional, Arménio Carlos, anunciou a manifestação no encontro nacional da CGTP-In explicando que esta é uma luta pela “valorização do trabalho e dos trabalhadores".

A CGTP convocou esta terça-feira os trabalhadores dos setores público e privado, jovens, reformados e desempregados para “uma grande manifestação nacional” em Lisboa a 18 de novembro.

O líder da intersindical nacional, Arménio Carlos, anunciou a manifestação no encontro nacional da CGTP-In, em Lisboa, explicando que esta é uma luta pela “valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela exigência do aprofundamento do rumo de reposição e conquista de direitos e pelo combate às injustiças e desigualdades”, entre outras reivindicações.

No encontro nacional, que reuniu em Lisboa 750 delegados e ativistas sindicais, Arménio Carlos enumerou algumas das mais recentes lutas dos trabalhadores, como a greve dos enfermeiros ou a luta interna na Autoeuropa, e lembrou que é devido a essas lutas que a intersindical quer “realizar um momento de convergência nacional” com uma grande manifestação nacional a 18 do próximo mês.

Arménio Carlos anunciou ainda uma campanha de luta contra a precariedade, através do lançamento de uma petição nacional que, na sua opinião, vai “ser um marco no combate à precariedade”. “É um problema de todos a precariedade”, afirmou o sindicalista, justificando esta afirmação com o facto de Portugal precisar de estabilidade e segurança, ao nível demográfico, para se poder desenvolver.

Na petição, aprovada na segunda-feira no conselho nacional da CGTP, refere-se existirem em Portugal “mais de” um milhão de trabalhadores com vínculo precário e atribui-se a esta precariedade “a insegurança no emprego e a incerteza na vida dos trabalhadores e das suas famílias e um problema para a demografia do país”. No documento, a que a Lusa teve acesso, os signatários da petição “exigem”, nomeadamente, a passagem a efetivos dos desempregados com contratos de emprego-inserção e que estão a ocupar postos de trabalho permanentes e o reforço dos meios e competência da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre outras reivindicações.

O outro documento aprovado segunda-feira no conselho nacional da CGTP, uma resolução intitulada “Lutar para Valorizar o trabalho e os trabalhadores”, a intersindical enumera as suas reivindicações e exige que o Orçamento do Estado para o próximo ano “dê prioridade a medidas que assegurem uma reforma da política fiscal que alivie os rendimentos do trabalho e taxe mais os do capital”.

Essa resolução, através da qual a CGTP também convoca os trabalhadores para uma manifestação nacional em novembro, vai ser entregue hoje à tarde ao Ministério do Trabalho, no final do encontro nacional, e depois de uma marcha dos cerca de 750 delegados e ativistas sindicais presentes neste encontro, que começou esta manhã em Lisboa.

(Atualizada às 14h00 com mais informação)

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