Altice mais voltada para Portugal e com vontade de investir

A dona da PT/Meo assumiu compromissos que reforçam a ligação ao país, como a criação de emprego qualificado, a continuidade do investimento e mais casas com cobertura de fibra ótica.

A Altice está in love com Portugal — ou, pelo menos, é essa a imagem que quer passar. O grupo que detém a Meo juntou vários jornalistas em Lisboa num encontro com altos cargos da empresa, onde assumiu vários compromissos que reforçam a atividade da multinacional em território português.

É na capital portuguesa que o grupo realiza, este ano, o seu Encontro Mundial de Líderes. Por outras palavras, centenas de altos cargos executivos da companhia, vindos de diversas geografias, estão reunidos em Lisboa, incluindo o fundador Patrick Drahi, numa atividade anual que serve para acertar agulhas ao nível estratégico e de operações. A área do encontro é o Parque das Nações, mais propriamente a Meo Arena que, desde esta segunda-feira, se chama Altice Arena, anunciou Cláudia Goya, presidente executiva.

Depois de fazer um balanço sobre a situação dos incêndios, a líder da PT/Meo passou a palavra a Michel Combes, presidente executivo do grupo. Sobre os compromissos, Combes indicou que a PT é “uma forte empresa irmã para todos os ativos” do grupo, sublinhando a importância do Altice Labs em Aveiro na inovação e na tecnologia desenvolvidas pela empresa. É, como a Altice indica tantas vezes, o polo de inovação do grupo para todos os mercados em que opera.

Por isso, para Combes, o encontro representa “uma boa oportunidade” para explicar os compromissos da Altice para com o país e, também, para transmitir internamente a forma como a empresa espera “executar a estratégia de convergência entre telecomunicações, media e publicidade”.

Empresa de braço dado com o investimento e os conteúdos

Cláudia Goya retomou para assumir os tais compromissos. Desde logo, “a Altice está comprometida em investir no país, massivamente, em redes e infraestruturas de futuro”. Reiterou ainda o objetivo de chegar às 5,3 milhões de casas com fibra ótica até 2020 e de implementar o 5G, a nova geração de rede móvel. Além disso, garantiu que, desde que a PT foi comprada pela Altice, o grupo já investiu no país mais de mil milhões de euros.

Outro compromisso é a exportação de tecnologia e conhecimento made in Portugal, assim como na promoção do empreendedorismo e na abertura de portas lá fora às startups portuguesas. “A Altice vai implementar fibra made in Portugal em todos os territórios [em que opera] já a partir do próximo ano”, disse.

Por fim, a empresa mostrou-se ainda comprometida na “promoção da criação dos melhores conteúdos em português”, numa altura em que está em curso o processo de compra da Media Capital, dona da TVI e que também detém a produtora Plural.

“É importante para nós estarmos comprometidos com a criação e conteúdos não só portugueses mas em Portugal. Acreditamos que sabemos fazê-los”, disse Cláudia Goya aos jornalistas. E reiterou que isso será feito da “forma ética e plural” com que, diz, o grupo trabalha “todos os dias”. “É desta forma que pretendemos olhar para os conteúdos portugueses feitos em Portugal”, concluiu.

Na lista dos compromissos está ainda a criação de “emprego qualificado” no país, nomeadamente 4.000 empregos em call centers, 2.000 empregos “diretos e indiretos” na expansão da rede de fibra ótica e a contratação de meio milhar de jovens recém-licenciados até 2020 para funções como cientistas de dados ou analistas, entre outras.

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