Em 20 anos, há menos homicídios e mais crimes informáticos
O número total de delitos reportados às polícias aumentou 7% entre 1993 e 2016. Em 2008, registou-se um pico. A partir daí caiu.
Em 1993, os furtos em veículos motorizados e a emissão de cheques “carecas” eram os crimes mais cometidos no país. A realidade hoje é outra. Os crimes informáticos foram os que mais cresceram durante os últimos anos, depois de em 1998 se terem registado os primeiros 158 casos. No ano passado, já eram 9.246, avança o Público [acesso condicionado].
Os cheques sem cobertura estão hoje entre os crimes menos praticados: o meio de pagamento caiu em desuso e, além disso, a lei já prevê um montante mínimo a partir do qual é considerado crime. Já os furtos continuam significativos. No ano passado, quatro em cada dez crimes correspondiam a algum tipo de furto. Mas em 1993 eram mais. Ao invés, o número de homicídios caiu de 1.801 para 448 casos.
Os dados do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça, da Direção-Geral da Política de Justiça, mostram que o número total de delitos reportados às polícias aumentou 7% entre 1993 e 2016, dos 307.333 para os 330.872. Em 2008, registou-se um pico, com 431.977 delitos. A partir daí caiu. Pedro Sousa, professor e investigador na Escola de Criminologia da Universidade do Porto, acredita que, se esta tendência se mantiver, os níveis ficarão aquém dos de 1993 “em breve”.
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