Filhos aos 40? Não é problema
Startup norte-americana criou um processo programado e controlado ao pormenor para se ter filhos quando se quiser.
Pensa em ter filhos mas não sabe quando? E se for tarde de mais? Já não é um problema. “Faça uma pausa” ou “a vida pode perfeitamente começar aos 40”, são alguns dos motes da Prelude, uma startup de fertilidade nos Estados Unidos que controla o processo de ter um filho, incluindo o momento em que o quer ter.
O fundador, Martín Varsavsk, defende que o processo que utiliza é mais seguro e menos traumático do que a fertilização in vitro, com a qual tem já experiência: os seus seis filhos foram gerados desta forma mas o processo é “demasiado lento”. Martín está agora à espera do seu sétimo filho, criado pelo seu próprio método.
A empresa oferece um plano completo para assegurar a descendência no futuro. Por 200 dólares mensais (cerca de 182 euros), a empresa garante todo o processo desde a extração dos óvulos à congelação, mantendo in vitro todo o material embrionário saudável e previamente selecionado para garantir que o futuro bebé não vai ter problemas. Varsavsk investiu 200 milhões de dólares (cerca de 182 milhões de euros) e afirma não ter inventado propriamente nada, defendendo que a inovação está na compilação de várias tecnologias já existentes para criar um novo método, oferecendo-o como um serviço.
As pessoas querem ter filhos a partir dos 35 ou 40 anos mas é quando se tem 25 que se tem o melhor material.
“Procurei a melhor forma de ter bebés. O problema é não ir à clínica enquanto ainda se é fértil e sim quando já existem complicações. As pessoas querem ter filhos a partir dos 35 ou 40 anos mas é quando se tem 25 que se tem o melhor material. Nessa altura, congelam-se os gâmetas, selecionam-se os saudáveis e procede-se à implantação para evitar a formação de gémeos”, explica ao El País.
Esta não é a primeira aposta na área da saúde do CEO da Prelude que foi também fundador da Medicorp e investidor na 23andMe. Varsavsk não nega o seu desejo de se expandir para o mercado europeu mas admite que as questões legais não são favoráveis. “O que se pode fazer num país não se pode fazer noutro. Por exemplo, com os embriões, com a conservação do material genético. Nos Estados Unidos é tudo mais fácil e é um mercado de mais de 300 milhões de habitantes”.
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