Taxa de desemprego cai para 8,5% no terceiro trimestre
A taxa de desemprego voltou a cair no terceiro trimestre de 2017. É preciso recuar ao final de 2008 para encontrar um valor mais baixo.
A taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre deste ano. O número foi revelado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e confirma a tendência de melhoria do mercado de trabalho que se tem vindo a registar desde 2013. É preciso recuar até ao final de 2008 para encontrar um valor mais baixo.
Face ao trimestre passado, a taxa de desemprego recuou 0,3 pontos percentuais. Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda é ainda mais expressiva. Na altura a taxa de desemprego ainda estava acima dos dois dígitos, em 10,5%.
A queda do desemprego
Quebra de série em 2011. Fonte: INE
Como explica o INE, a redução da taxa de desemprego aconteceu em simultâneo com o aumento da população ativa, que atinge agora 5,2 milhões de pessoas. Face ao trimestre anterior, este número representa uma subida de 0,5% e comparando com o trimestre homólogo são mais 0,7%.
Além disso, verificou-se uma criação líquida de emprego e uma diminuição do número de desempregados. Em apenas um ano, a economia criou mais 141,5 mil empregos líquidos, “prolongando a série de variações homólogas positivas observadas desde o quarto trimestre de 2013”, nota o INE.
O número de desempregados baixou para 444 mil, menos 105,5 mil pessoas do que no mesmo período de 2016.
Estes números mostram que há uma melhoria evidente nas condições gerais do mercado de trabalho: o número de empregados aumentou, o número de desempregados diminuiu e há mais pessoas a querer participar no mercado de trabalho. Também o número de subaproveitados pelo mercado de trabalho caiu — embora continue a atingir 869,9 mil pessoas.
Mesmo o valor da taxa de desemprego jovem, que regista um aumento trimestral, deve ser lido com cautela: tal como mostra o histórico, é habitual uma subida no terceiro trimestre de cada ano, relacionada com o fim do período escolar e a entrada no mercado de trabalho. Neste indicador, importa sobretudo analisar o comportamento homólogo da taxa. Aqui registou-se uma redução expressiva, dos 26,1% verificados entre julho e setembro de 2016, para os 24,2% deste ano.
O que está a acontecer com o desemprego jovem?
Quebra de série em 2011. Fonte: INE
O mesmo cuidado é necessário para analisar a taxa de jovens entre os 15 e os 34 anos que não estudam nem trabalham. Segundo o INE, de um total de 2,2 milhões de jovens, 11,8% estavam nestas condições — um aumento face ao trimestre anterior, mas uma queda quando comparado com o valor homólogo.
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