O adeus de Isabel dos Santos no Instagram: Situação da Sonangol era “dramática”
Isabel dos Santos despediu-se esta quinta-feira dos trabalhadores da Sonangol, após João Lourenço ter dado posse ao novo presidente da petrolífera estatal, Carlos Saturnino.
A filha do ex-presidente de Angola publicou esta quinta-feira um vídeo na sua conta oficial de Instagram onde deixa uma mensagem para os trabalhadores da Sonangol. Isabel dos Santos — que foi exonerada pelo presidente angolano esta quarta-feira — afirmou que a “memória é curta”, mas lembrou “os dias dramáticos” de quando entrou no conselho de administração da petrolífera estatal, há pouco mais de um ano.
A ex-presidente da Sonangol disse que a empresa estava praticamente em “pré-falência”. A falar aos trabalhadores da empresa, a empresária chega a dizer que houve pormenores que lhes foram escondidos, de tal forma a situação era “dramática”. “Quando nós chegamos cá, esta empresa estava numa situação difícil. Eram dias dramáticos“, concluiu, num vídeo que tem o retrato oficial de João Lourenço como pano de fundo.
Na mesma rede social, Isabel dos Santos agradeceu “a todos os que confiaram em mim para liderar a recuperação da nossa empresa nacional de petróleo”. “A minha gratidão vai, particularmente, para os meus colegas do conselho de administração cessante”, acrescentou, deixando um agradecimento aos colaboradores da Sonangol no momento de despedida.
Esta quinta-feira a Lusa divulgou um relatório em que a gestão de Isabel dos Santos é criticada. Entretanto, a empresária emitiu um comunicado onde desmente essa informação. “O grupo de trabalho não se debruçou em momento algum sobre assuntos de gestão corrente ou de gestão de investimentos da Sonangol EP ou do grupo Sonangol“, lê-se no desmentido.
Além disso, esta quinta-feira os advogados que contestam desde 2016 a nomeação de Isabel dos Santos consideraram que a exoneração era esperada e que os tribunais angolanos não queriam desautorizar José Eduardo dos Santos. “Acreditamos que a decisão do Presidente João Lourenço é uma decisão política correta, porque não se pode governar um país que depende do petróleo e a pessoa que está à frente de uma empresa como a Sonangol não seja da sua confiança política”, apontou David Mendes, o porta-voz dos 12 advogados angolanos que avançaram para os tribunais, citado pela Lusa.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h07)
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