ISEG revê em baixa subida do PIB em 2017 para entre 2,6% e 2,8%
A revisão em baixa é justificada pelos economistas pela estimativa rápida do INE para o crescimento económico de 2,5% no terceiro trimestre. Esta quinta-feira o INE revela a segunda estimativa do PIB.
A economia portuguesa deverá crescer 2,6% a 2,8% em 2017, divulgou o ISEG esta quarta-feira, revendo em baixa a anterior previsão de uma taxa perto dos 3%, devido à desaceleração homóloga do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
Na síntese de conjuntura de novembro divulgada esta quarta-feira, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) refere que, “em relação à taxa de crescimento para o ano de 2017, tendo sobretudo em conta o resultado do terceiro trimestre, é revisto o anterior intervalo de previsão para um agora mais provável valor final no intervalo 2,6% a 2,8%”.
Na síntese de conjuntura de 29 de setembro, o ISEG tinha melhorado a previsão de crescimento da economia portuguesa para o intervalo entre 2,6% e 3,0% este ano, dois pontos acima da projeção anterior, tendo depois avançado, na síntese de conjuntura divulgada em 25 de outubro, como “mais provável que o crescimento para a totalidade do ano de 2017 se venha a situar na banda superior desse intervalo”.
A revisão em baixa hoje feita – do anterior valor perto dos 3% para um intervalo entre os 2,6% a 2,8% – é justificada pelo ISEG com a entretanto conhecida estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o PIB no terceiro trimestre, cujo crescimento homólogo previsto era de 2,9%, mas se ficou pelos 2,5% (desacelerando, em termos homólogos, face aos 3,0% do segundo trimestre).
Segundo a análise dos economistas do ISEG, “a principal razão para a desaceleração do crescimento homólogo do PIB no terceiro trimestre esteja ligada ao crescimento real das exportações e importações de bens e serviços, que o INE considerou, em primeira análise, como tendo originado um contributo negativo para o crescimento homólogo do PIB, ao contrário do verificado nos trimestres anteriores”.
“Contudo – acrescenta o ISEG – em valores nominais, as estatísticas do Banco de Portugal relativas à balança de bens e serviços apresentam um saldo positivo até ao fim do terceiro trimestre apenas um pouco inferior ao do ano anterior”. Relativamente ao quarto trimestre de 2017, o instituto diz que “a informação quantitativa é ainda escassa e localizada”, não permitindo “extrapolações fundamentadas sobre a evolução do conjunto da economia”.
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