Marcelo diz que incêndios foram o ponto mais doloroso da sua presidência este ano
O Presidente da República diz que os incêndios deste ano foram "o ponto mais doloroso" da sua presidência e, por isso, "o mais baixo, do ponto de vista do sacrifício dos portugueses".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta sexta-feira que os incêndios deste ano foram “o ponto mais doloroso” da sua presidência e, por isso, “o mais baixo, do ponto de vista do sacrifício dos portugueses”.
O chefe de Estado falava depois de ter o ouvido o professor universitário e investigador Xavier Viegas elogiar a sua intervenção na sequência dos incêndios e a sua proximidade em relação às populações afetadas, considerando que foi “o momento mais alto da sua presidência”.
Marcelo Rebelo de Sousa e Xavier Viegas participavam numa conferência da Plataforma de Associações da Sociedade Civil (PASC), na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante a qual foi entregue um prémio de cidadania à Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande.
"Em qualquer caso, ficará a ser o ponto mais doloroso na minha presidência. Não sei se é o mais alto, eu direi que era o mais baixo, do ponto de vista de sacrifício dos portugueses.”
À saída, questionado pelos jornalistas sobre o elogio de Xavier Viegas, o Presidente da República referiu que “o próprio é sempre mau juiz daquilo que está a fazer”. “Em qualquer caso, ficará a ser o ponto mais doloroso na minha presidência. Não sei se é o mais alto, eu direi que era o mais baixo, do ponto de vista de sacrifício dos portugueses”, acrescentou.
Na sua intervenção, o investigador da Universidade de Coimbra Xavier Viegas, que elaborou um relatório sobre os incêndios de junho a pedido do primeiro-ministro, António Costa, defendeu que, em Portugal, esta é “essencialmente uma questão de cidadania” e que o principal objetivo deve ser limitar o número de ocorrências.
Segundo o professor universitário, falta ao sistema português de defesa contra incêndios um pilar que designou de “população, à falta de melhor termo”, que engloba toda a sociedade civil e as autarquias. “Não temos mais margem para errar. Eu, ao longo dos 30 anos que levo nesta atividade, já vi várias vezes esta história e já vi vários falhanços, já vi várias situações em que as coisas não correram bem. Espero que não vejamos agora”, afirmou.
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