Governo quer financiar-se mais através das famílias e menos no mercado
Estado vai emitir menos dívida em Bilhetes do Tesouro e aumentou o limite máximo de endividamento através dos produtos de poupança, dada a popularidade das OTRV.
O Governo reduziu o montante previsto no Orçamento do Estado deste ano para emissão de Bilhetes do Tesouro ao longo de 2017, de 17 mil milhões para 15,5 mil milhões de euros. Até ao momento, as duas dezenas de emissões destes títulos de dívida já levaram o Estado a encaixar 14,25 mil milhões de euros, pelo que o IGCP só deverá realizar mais uma emissão até 2018.
O documento sobe ainda o montante máximo de endividamento do Estado através dos produtos de poupança, de 12 mil milhões para 13,5 mil milhões de euros. A informação foi avançada pelo Jornal de Negócios e consta num despacho publicado esta terça-feira em Diário da República, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
Mourinho Félix justifica ambas as alterações com o “crescente interesse manifestado na subscrição de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável [OTRV]”. Desta forma, aposta mais nos produtos de poupança para as famílias do que nas emissões de dívida no mercado.
A procura por parte dos investidores tem vindo a superar a oferta no que toca às OTRV. Só na última emissão de ORTV, a procura superou a oferta em 500 milhões de euros. Ao longo do ano, os portugueses emprestaram mais de seis mil milhões de euros ao Estado.
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