Centeno: “Saúda-se o facto de as previsões do FMI convergirem com as previsões nacionais”
Perante a coincidência das projeções do FMI em matéria de défice e de PIB para 2017 e 2018 com as expectativas do Governo, o ministério das Finanças saúda o Fundo.
O Ministério das Finanças saudou esta quinta-feira o staff do Fundo Monetário Internacional por ir ao encontro das previsões do Governo para o crescimento da economia e a redução do défice tanto este ano, como em 2018. Em junho, a equipa de Washington estava ainda reticente sobre a capacidade do ministro das Finanças português de cumprir as metas, mas depois da 6.ª Avaliação Pós-Programa reviu em alta as suas projeções.
“Saúda-se o facto de as previsões do FMI convergirem, agora, com as previsões nacionais”, lê-se no comunicado de imprensa enviado pelo gabinete de Mário Centeno às redações, na reação aos comunicados publicados esta tarde pela Comissão Europeia e BCE, por um lado, e FMI, por outro, na sequência da visita a Lisboa entre 28 de novembro e 6 de dezembro.
Saúda-se o facto de as previsões do FMI convergirem, agora, com as previsões nacionais.
FMI e Governo antecipam agora um crescimento de 2,6% do PIB este ano e de 2,2% em 2018. Quanto ao défice, ambos esperam uma redução para 1,4% do PIB em 2017 e para 1,1% no próximo ano.
Tanto o FMI como a Comissão reconheceram os progressos realizados pela economia portuguesa em várias dimensões — ritmo da retoma, redução da taxa de desemprego, melhoria das condições do sistema financeiro, redução do défice e da dívida. Contudo, ambos avisaram também que o ritmo de redução dos desequilíbrios poderia ser maior. E recomendaram a Centeno que aproveitasse o ciclo económico positivo e a redução dos encargos com juros para baixar estruturalmente o défice e acelerar a redução da dívida.
Mas sobre esta recomendação o Executivo português não se pronunciou diretamente. Centeno notou o reconhecimento dos progressos por parte das instituições internacionais, fez questão de sublinhar que “90% do aumento líquido de emprego em 2017 (…) corresponde a contratos permanentes” e defendeu o “rigor da execução orçamental de 2016” e o cumprimento das metas “estabelecidas pela Assembleia da República” para 2017.
O Executivo lembrou ainda a “prioridade dada à estabilização do setor financeiro” e o reconhecimento dos resultados por parte de ambas as missões e prometeu prosseguir com o rumo atual, respondendo às recomendações com o Programa Nacional de Reformas (PNR). “O Governo continuará a implementação do PNR de forma decidida dando, assim, resposta a várias das preocupações expressas pelas instituições internacionais”, lê-se na nota.
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