Rio avisa que crescimento baseado no consumo vai trazer troika de volta
O candidato à presidência do PSD Rui Rio acusou o Governo de prosseguir o crescimento económico pela via do consumo e de estar a ser "muito condicionado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP”.
O candidato à presidência do PSD Rui Rio acusou esta sexta-feira, em Barcelos, o Governo de prosseguir o crescimento económico pela via do consumo, alertando que esse modelo significará o regresso a Portugal de “uma troika qualquer”.
Rio, que falava num almoço com cerca de 350 apoiantes, disse que o caminho do crescimento económico tem se assentar no aumento do investimento e das exportações.
“O crescimento económico tem de ser feito por mais exportações e mais investimento e não por mais consumo, que é aquilo que é o modelo que está atualmente no Governo, muito condicionado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP”, referiu.
Alertou que o crescimento pela via do consumo poderá colocar Portugal novamente em situação de intervenção externa.
“Se for feito por via do consumo, acontece-nos outra vez o que nos aconteceu há uns anos atrás e temos qualquer dia outra vez uma ‘troika’ qualquer, que já cá esteve três vezes desde o 25 de abril, a bater-nos à porta”, enfatizou.
Para Rui Rio, Portugal tem de aprender com o passado e “fazer diferente”, enveredando por políticas que apoiem o investimento e as exportações.
Apelou ainda para a necessidade de o país “ter as contas em ordem”, para poder ter uma economia mais saudável, para poder pagar melhores salários e para dar melhores condições de vida às pessoas.
“Esta é que é a lógica das coisas: temos de ter as contas equilibradas porque só com contas equilibradas é que podemos ter uma economia a crescer capaz de dar aquilo que nós queremos, que é mais consumo. Mais consumo tem de ser uma consequência lógica de uma economia que produz”, disse ainda.
Para Rio, as linhas de força da sua candidatura são a competitividade da economia, a realização de reformas estruturais, uma sociedade mais coesa com uma classe média “muito grande” e o fortalecimento da democracia.
As eleições para a presidência do PSD realizam-se a 13 de janeiro, sendo os candidatos Rui Rio e Pedro Santana Lopes.
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