As condições que a administração da Autoeuropa impôs aos trabalhadores

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

O novo horário de produção de 17 turnos semanais irá avançar mesmo com a rejeição de dois pré-acordos com a Comissão de Trabalhadores. Esta foi a carta que informou os trabalhadores.

“Caros colegas, o ano de 2017 está a terminar e precisamos de preparar o início do novo ano, com a introdução de um modelo de trabalho que seja legal e em linha com o plano já partilhado com todos”. Foi assim que a administração da Autoeuropa anunciou o novo horário de produção aos seus trabalhadores.

O novo horário de produção de 17 turnos semanais irá avançar unilateralmente mesmo com a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores, algo que é apontado como “necessário”. “Embora tenham sido expressas muitas opiniões diferentes nas várias reuniões, entendemos que a maioria dos colaboradores está comprometida com o cumprimento do programa de produção do próximo ano. Assim é necessário, agora, tomar estas decisões”, pode ler-se na comunicação interna.

Assim, e como apontado nesta comunicação, o novo modelo de trabalho da Autoeuropa inclui:

  • Semanas de 5 dias de trabalho individual;
  • Turno da noite de segunda a sexta-feira, sem folgas rotativas;
  • Turno manhã e turno da tarde: segunda-feira a sábado;
  • Folga fixa ao domingo;
  • Folga rotativa de acordo com calendário individual;
  • Em cada dois meses garantem-se quatro fins de semana completos e mais um período de dois dias consecutivos de folga;
  • Prémio adicional de 100% sobre cada sábado trabalhado (pagamento mensal);
  • Prémio adicional de 25% sobre os sábados trabalhados no trimestre, de acordo com o cumprimento do volume planeado para o trimestre (pagamento trimestral);
  • Pagamento de trabalho extraordinário, equivalente ao pagamento ao sábado, quando o dia de folga for trabalhado
  • Redução das horas semanais trabalháveis para 38 horas (em média aproximada).

A administração aponta ainda que será necessário “qualificar e preparar uma quarta equipa”, que será selecionada através de “processos de vaga interna”. “No decorrer da próxima semana será distribuída informação e cartas individuais com a respetiva escala de trabalho aos colaboradores envolvidos neste modelo”, continua ainda.

“É compreensível que pessoas com uma longa história na empresa poderão ter alguns problemas de adaptação aos novos horários e, em relação a estes casos, iremos trabalhar para encontrar soluções sociais que permitam que sejam ultrapassados”, salvaguarda ainda a comunicação. “Uma mensagem especial para os novos colegas é que temos a expectativa que cumpram com as condições de contrato que assinaram.”

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