Catxy: a aplicação para “caçar” os amigos à sua volta
A aplicação Catxy foi lançada esta quinta-feira e vai marcar presença no Web Summit.
De certeza que já foi a um concerto, se perdeu dos seus amigos e demorou algum tempo para os encontrar. Mas isso acabou. Esta quinta-feira chegou a Catxy, uma aplicação que permite partilhar “momentos” e saber, num raio de cinco quilómetros, que amigo está por perto e – exatamente – onde.
A Catxy surge pela mão de Fábio Rodrigues, de 30 anos, e da sua equipa, composta pelo Duarte Silva, Ivo Pereira, Cláudio Campos, Afonso Silva, Marta Rodrigues, Leonel Menaia, Tiago Sardinha, Soraia Prazeres, Hugo Rodrigues, Nuno Vieira e Ricardo Frade.
“Isto resulta de um projeto de equipa, e já estamos juntos há vários anos”, conta o jovem natural de Tomar ao ECO, acrescentando ainda que este não é o primeiro projeto.
"Já temos uma agência digital, a Ongagement, que resulta de ‘online’ e ‘engagement’, e já estamos há cinco anos no mercado. Trabalhamos com algumas multinacionais, como a Parmalat, a Asus, a Loreal, e o objetivo é trabalhar as marcas no online”
“Já temos uma agência digital, a Ongagement, que resulta de ‘online’ e ‘engagement’, e já estamos há cinco anos no mercado. Trabalhamos com algumas multinacionais, como a Parmalat, a Asus ou a L’Oréal, e o objetivo é trabalhar as marcas no online”, explica Fábio.
A Catxy surge como um spin off da agência que Fábio e a equipa já tinham, e depois de terem criado há, um ano, uma equipa interna estável, de engenheiros informáticos e técnicos, que os levou à ideia da realidade aumentada. “A Catxy tem sido trabalhada ao longo do último ano e meio, e diria que está constantemente a ser atualizada”, refere. A embaixadora da aplicação é a atriz Kelly Baily, mas Fábio adianta que, no futuro, terão outras figuras públicas.
A marca já está registada e o nome tem a ver com o “apanhar os momentos marcantes”. “Casamos os termos catch (apanhar, em inglês) e catchy, por ser algo marcante”, explica.
Dentro de alguns meses, Fábio espera que grandes mudanças na aplicação passem pela possibilidade de reconhecimento de imagens. “Neste momento fazemos uma analogia com o snapchat tornando o conteúdo relevante no tempo, e queremos fazê-lo mas tornando o conteúdo relevante no espaço. Então a nossa ideia é poder apontar por exemplo para uma lata de Coca-Cola e surgir uma dada ação, por exemplo um anúncio ou um spot publicitário” explica Fábio.
Ao contrário do que acontece com outros projetos e startups, não há qualquer investimento externo na Catxy. “Normalmente as pessoas têm uma ideia, vão atrás dos investidores, têm algum financiamento, há dinheiro que é injetado. Mas nunca tivemos o apoio de ninguém, fizemos as coisas por nós, e o mesmo já tinha acontecido com a Ongagement. Fizemos sempre o nosso caminho passo a passo”, refere Fábio.
O capital investido na Catxy é dinheiro próprio e que resulta do trabalho ao longo dos anos na Ongagement. “O que fizemos foi usar os recursos que tínhamos da agência e investir na Catxy, que se está a tornar numa coisa independente. É um projeto que está a gerar o outro”, explica.
Neste momento, o foco da equipa não é a receita que possa vir da Catxy, mas sim “ter feedback e perceber a reação ao projeto, e tornar a experiência dos utilizadores o mais rica possível”, conta Fábio.
WEB SUMMIT
Em novembro, Fábio e equipa vão marcar presença na Web Summit num grupo de empresas Alpha, que são as empresas que vão ter direito a um expositor. Mas, segundo Fábio conta ao ECO, não é só isso que vai acontecer.
“Fomos selecionados para uma competição do Web Summit que é o pitch, ou seja, os 200 projetos mais promissores do mundo com um investimento inferior a 3 milhões de euros. Se não estou em erro, de Portugal só vão 15 projetos, e fomos a única que não teve investimento externo”, explica o jovem de Tomar. Na categoria das redes sociais, a Catxy vai competir contra outras sete.
O objetivo no Web Summit é muito concreto: atrair a atenção de grandes investidores. “Estamos numa fase de conhecimento do mercado e vamos ao Web Summit com um bom track record ao nível dos utilizadores. No pitch vamos estar perante grandes venture capitals, (capital de risco) e 150 jurados. É literalmente fazer pela vida”, explica Fábio ao ECO.
"Temos consciência de que mesmo tendo um bom investimento em Portugal vamos precisar de muito investimento para nos expandir para outros países. Já temos uma mailing list de vários países, como a China e a Índia. Mas uma coisa é a aplicação estar disponível, outra é estarmos a trabalhar ativamente em termos de marketing nesses países.”
“Temos consciência de que mesmo tendo um bom investimento em Portugal vamos precisar de muito investimento para nos expandir para outros países”, conclui. “Já temos uma mailing list de vários países, como a China e a Índia. Mas uma coisa é a aplicação estar disponível, outra é estarmos a trabalhar ativamente em termos de marketing nesses países”, acrescenta.
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