Primeiro OE de João Lourenço quer economia angolana a crescer 4,9%
É o primeiro Orçamento do novo Presidente, e prevê 48,8 mil milhões de euros em despesas e receitas, e um défice de 2,9%. O documento vai ainda ser discutido no Parlamento.
O Governo angolano prevê no Orçamento Geral do Estado para 2018 despesas e receitas de 9,6 biliões de kwanzas (48,8 mil milhões de euros) e um crescimento económico de 4,9%, segundo a proposta que deu entrada hoje no parlamento.
A proposta de Orçamento para 2018, entregue na Assembleia Nacional pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, prevê igualmente um défice de 2,9%, devendo a discussão parlamentar sobre o documento ter início a 05 de janeiro, com votação até 15 de fevereiro.
Em declarações à imprensa, no parlamento, Manuel Nunes Júnior realçou que em anos eleitorais o prazo para que o executivo faça a entrega do Orçamento Geral do Estado (OGE) ao parlamento é alargado até 15 de dezembro, data que foi assim cumprida.
Este é também o primeiro OGE da governação de João Lourenço, que após as eleições gerais de agosto sucedeu a José Eduardo dos Santos como Presidente da República e chefe do Governo.
O último OGE elaborado por um Governo de José Eduardo dos Santos previa receitas e despesas de 7,307 biliões de kwanzas (41,4 mil milhões de euros, à taxa de câmbio da altura) e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% em 2017.
Manuel Nunes Júnior apontou como linhas fundamentais do Orçamento para 2018 a garantia da estabilidade económica do país, tendo em conta que, desde finais de 2014, o país está a viver uma situação de baixa do preço do petróleo no mercado internacional, sendo importante a realização de ajustes quer do ponto de vista fiscal quer cambial, para o equilíbrio das contas.
“E isso é um dos elementos que o nosso OGE faz referência e com bastante clareza. Garantir que a partir do próximo ano, 2018, o país possa ter um equilíbrio do ponto de vista das contas internas e das contas externas, e aí garantir também uma estabilidade macroeconómica e criar um ambiente propício para o investimento”, referiu.
O governante angolano realçou ainda como objetivo deste orçamento o crescimento económico, para se gerar e garantir empregos “um dos fatores mais importantes” para a estabilidade social, bem-estar das populações, bem como dos rendimentos das pessoas.
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