Luís Amado e Mexia vão liderar a EDP nos próximos três anos
O principal acionista da EDP, a China Three Gorges, vai propor aos acionistas a renovação do mandato de António Mexia como CEO. Luís Amado vai ser o novo chairman.
É oficial. Luís Amado e António Mexia vão ser os nomes propostos para chairman e para presidente executivo no próximo mandato da EDP, para o período 2018/2020, segundo um comunicado divulgado há minutos na CMVM.
Os acionistas da EDP são convidados a votar uma nova composição dos órgãos sociais na próxima assembleia-geral agendada para 5 de abril pela China Three Gorges, Oppidum Capital, Senfora, Fundo de Pensões do Grupo Millennium BCP e Sonatrach, de acordo com o comunicado publicado esta segunda-feira pela CMVM.
Estas alterações decorrem do facto de o mandato dos atuais membros do conselho de administração executivo da EDP ter terminado a 31 de dezembro e por isso é necessário eleger novos elementos. O conselho conta com nove elementos, sendo que Manso Neto continua a ser proposto para números dois de António Mexia, mas passa a haver uma presença feminina no board: Maria Teresa Isabel Pereira e Vera Pinto Pereira. Esta é uma novidade, tendo em conta que no anterior conselho de administração não havia mulheres, mas a elétrica tenta assim responder às exigências em termos de quotas de género que se impõem às empresas cotadas, ou seja, tem de haver 20% de mulheres.
Mas há mais novidades: o atual administrador financeiro, Nuno Alves, não consta das nomeações para integrar o conselho de administração executivo, no próximo triénio.
Apesar de a continuidade de António Mexia à frente da EDP ter sido posta em causa por este ter sido constituído arguido na investigação do Ministério Público aos contratos entre o Estado e a EDP sobre rendas garantidas (os CMEC, como são conhecidos), a China Three Gorges tem publicamente reiterado a sua “total confiança” no ainda CEO e volta agora a propor a sua continuação num cargo que ocupa há mais de 11 anos. Contudo, houve rumores de que o principal acionista chinês — tem 23,3% do capital — andava à procura de hipóteses para substituir Mexia na liderança da empresa.
Também o Conselho Geral de Supervisão passa a ser constituído, no mínimo, por nove elementos, mas sempre por mais elementos do que o número de administradores e que devem ser, preferencialmente, independentes. O cargo máximo deste órgão passará a ser ocupado pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates que vem assim substituir o histórico do PSD, Eduardo Catroga. O antigo ministro social-democrata desaparece assim das listas. Continuam a ser propostos 21 nomes, tal como presentemente. João Carvalho das Neves, Celeste Cardona, Ilídio Pinho, Augusto Mateus ou ainda António Vitorino, que é presidente da Assembleia Geral. O antigo ministra das Finanças do PSD, Braga de Macedo também sai, assim como António Gomes Mota.
Mas as mudanças não se ficam por aqui. De acordo com os vário comunicados publicados na CMVM, os acionistas vão ser chamados a votar a PwC como Revisora Oficial de Contas (ROC), já que a KPMG, por lei tinha de ser substituída, já que é ROC da elétrica há 13 anos. A PwC foi a empresa que terá apresentado a proposta mais competitiva.
A assembleia-geral tem ainda mais uma incumbência, eleger os cinco membros do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade para o triénio 2018/20. Nanota enviada à CMVM, o conselho de administração executivo propõe, além de José Manuel Viegas para presidente, António Gomes de Pinho, Joana Pinto Balsemão, Joaquim Poças Martins e Pedro Oliveira para vogais. Nomes de “personalidades de reconhecida competência na área da defesa do Ambiente”, segundo o conselho de administração.
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