Venezuela: Obrigacionistas perdoam 39% da dívida
Os obrigacionistas da Petróleos de Venezuela concordaram trocar a dívida antiga por nova. A quantidade oferecida corresponde a 39% das notas elegíveis. Empresa tinha dito que precisa de trocar metade.
A Petróleos de Venezuela (PDVSA) diz que os credores que detinham 2,8 mil milhões de dólares de obrigações concordaram prolongar as maturidades. O acordo, embora aquém do que era esperado, oferece a margem de manobra necessária pela empresa estatal para pagar as suas dívidas. Caracas já tinha ameaçado com um possível colapso financeiro.
Ao trocar as obrigações antigas, que expiravam em abril e novembro de 2017, por nova dívida com pagamentos anuais até 2020, a empresa estatal vai reduzir os encargos com a dívida em mais de 900 milhões de dólares. A quantidade de dívida oferecida corresponde a 39% das notas elegíveis, menos do que os 50% previstos.
A PDVSA anunciou inicialmente esta troca em setembro. Os responsáveis disseram na altura que que precisavam de trocar pelo menos metade da dívida com maturidade em 2017 ou teriam dificuldades em cumprir obrigações.
O acordo fica abaixo dos 5,33 mil milhões de dólares que a PDVSA queria trocar, mas já foi suficiente para permitir que a petrolífera estatal sirva as suas dívidas. Mas vai pagar um preço elevado. Embora o ministro do Petróleo da Venezuela tenha dito que é uma vitória, o país teve de ceder um dos seus ativos mais atrativos — a Citgo Petroleum, a unidade norte-americana da PDVSA — para convencer os investidores a aderirem ao acordo.
“Isto oferece-lhe alguma margem de manobra para 2017, por isso missão cumprida“, diz Edwin Gutierrez, responsável pela dívida soberana dos mercados emergentes da Aberdeen Asset Management.
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