Montepio admite que défice fique abaixo dos 1,2%
Dados divulgados pela Direção-Geral de Orçamento levam Montepio a admitir a possibilidade de o défice ficar num nível ainda inferior a atualmente estimado, isto é, rondar os 1,2% do PIB.
O Montepio admite que o défice orçamental do ano passado tenha ficado abaixo da estimativa mais baixa do banco, de 1,2% do PIB, depois de a Direção-Geral de Orçamento (DGO) ter divulgado dados “bastante favoráveis”.
No relatório semanal de Economia e Mercados divulgado esta segunda-feira, os analistas do Montepio consideram que os dados divulgados na semana passada pela DGO, sobre a execução orçamental do conjunto do ano passado, foram “bastante favoráveis” e “reforçam a possibilidade de o défice poder ficar num nível ainda inferior ao atualmente estimado”.
Na quinta-feira, a DGO divulgou que o défice do conjunto de 2017, em contabilidade pública (a ótica de caixa) foi inferior em 1.607,5 milhões de euros ao de 2016, totalizando 2.573 milhões de euros, devido a um aumento da receita (3,8%) superior ao observado pela despesa (1,6%).
“Estes dados da execução orçamental, na ótica da contabilidade pública, já conhecidos para o total de 2017 revelam resultados bem mais favoráveis do que os apresentados um ano antes”, afirmam os analistas do departamento de estudos do Montepio.
Os analistas do banco mantêm a estimativa de um défice orçamental, em contas nacionais (a ótica dos compromissos), de 1,2% do PIB em 2017, “em melhoria face ao défice de 2% observado em 2016”.
“Continuamos a não colocar de parte a possibilidade de o défice poder ficar ainda abaixo destes 1,2% atualmente assumidos”, afirmam os economistas do Montepio, tendo em conta não só os dados em contas nacionais sobre o terceiro trimestre divulgados pelo INE, mas também pelos números da execução orçamental da DGO, na ótica da contabilidade pública.
Até setembro, o défice das administrações públicas foi de 0,3% (em contas nacionais), abaixo dos 2,8% registados no período homólogo, e inferior à meta do final do ano, sendo que o primeiro-ministro, António Costa, disse esperar que ronde os 1,2% do PIB.
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