“Cumprimos”, diz Centeno. “Temos mais 288 mil empregos que em 2015”
Na semana em que a PGR fez buscas no Ministério das Finanças, Mário Centeno, foi ao Parlamento com os números sobre o mercado de trabalho e o investimento bem preparados.
“Cumprimos”, disse Mário Centeno, no arranque da sua audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, esta quarta-feira, na Assembleia da República. O ministro, que chegou ao Parlamento numa semana em que a Procuradoria-Geral da República confirmou que fez buscas nas Finanças, trazia os números estudados e os dossiês preparados para focar a discussão nos progressos da economia.
“Temos mais 288 mil empregos do que em dezembro de 2015”, frisou Mário Centeno. É o “maior crescimento do emprego desde que há registo mensal do Instituto Nacional de Estatística,” somou. “Temos menos 225 mil desempregados do que no início da legislatura”, continuou, para depois rematar: “Revertemos a maior doença gerada pela forma como o ajustamento foi feito em Portugal.”
"Temos mais 288 mil empregos do que em dezembro de 2015. É o maior crescimento do emprego desde que há registo mensal do Instituto Nacional de Estatística.”
Da saúde do mercado de trabalho, que permitiu “devolver rendimentos” e “reforçar a credibilidade” não só junto dos investidores ou dos parceiros europeus, mas também “junto dos concidadãos”, Centeno passou para o tema do investimento.
“O investimento cresce acima de 10%”, afirmou o ministro das Finanças, sublinhando que no terceiro trimestre todas as componentes registam aumentos: “nas máquinas e equipamentos cresce 15%, na construção 9%, nos materiais de transporte 14%”. Centeno lembrou o investimento na Caixa Geral de Depósitos, no Serviço Nacional de Saúde — onde as despesas com pessoal cresceram não só à boleia da devolução de rendimentos mas também do aumento do número de médicos e enfermeiros e ainda a subida de 20% do investimento público, um valor que fica “acima do verificado em 2014 e 2015”.
No final, fechou com o tema das cativações, que gerou polémica em 2017, revelando o valor final dos cativos: 560 milhões de euros. Para 2018, disse o ministro, o Orçamento conta com cativos na ordem dos 1.086 milhões de euros.
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