Apple com lucros recorde, mesmo com menos iPhone

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2018

Venderam-se 77,3 milhões de iPhones nos últimos três meses de 2017, 1% a menos do que em 2016, mas com os consumidores a apostarem nos modelos mais caros.

A Apple revelou lucros de 20 mil milhões de dólares no último trimestre do ano, um valor recorde. Apesar deste valor inédito, que fez aumentar ainda mais o dinheiro em caixa da gigante norte-americana, houve números que ficaram um pouco abaixo das expectativas dos investidores, especialmente devido a uma época natalícia que resultou na venda de menos iPhones do que o esperado.

A maior tecnológica do mundo destacou ainda as suas expectativas de lucros para o primeiro trimestre de 2017, que são de entre 60 mil milhões e 62 mil milhões de dólares — números que seriam altos para qualquer outra empresa mas que, no caso da Apple, ficam abaixo do que esperavam os investidores. De acordo com os analistas que falaram à Bloomberg, a média esperada estava próxima dos 65,9 mil milhões de dólares.

Nos últimos três meses de 2017 foram vendidos 77,3 milhões de iPhones, 1% menos do que no ano anterior e três milhões a menos do que era projetado pelos analistas. No entanto, o preço médio de venda era alto, sugerindo que o iPhone X, o modelo mais caro lançado pela empresa em 2017, foi o preferido dos consumidores, que negligenciaram os iPhones mais baratos.

Reservas em níveis recorde

As reservas financeiras da empresa liderada por Tim Cook atingiram níveis recorde em dezembro. De acordo com a CNBC, os resultados da empresa mostram reservas de 285,1 mil milhões de dólares no quarto trimestre do ano passado, o que mostra que a empresa jogou bem em apostar em smartphones mais caros, assim como reflete a mudança fiscal nos Estados Unidos.

Com as reservas reforçadas, a Apple tenciona fazer vários investimentos, incluindo, ao longo dos próximos cinco anos, aumentar os seus gastos nos Estados Unidos. Segundo a CNBC, a empresa fundada por Steve Jobs contribuirá 350 mil milhões de dólares para a economia norte-americana ao criar empregos, investimentos na área fabril e pagamentos a fornecedores dentro do país.

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