Há um prémio de 30 mil euros para o melhor professor de Portugal
Global Teacher Prize chega, pela primeira vez, a Portugal e vai atribuir 30 mil euros ao professor mais inovador. Candidaturas para iniciativa, que conta com apoio da Fundação Galp, já estão abertas.
Já dizia Fernando Pessoa que “o melhor do mundo são as crianças”. Álvaro Laborinho Lúcio acredita que não são apenas o melhor; são o futuro e é assim que devem ser tratadas nas salas de aula de todo o país. Em maio, o júri presidido por este empreendedor entregará à melhor professora ou professor de Portugal um prémio de 30 mil euros, na primeira edição nacional do Global Teacher Prize.
Até lá, as inscrições já estão abertas. Qualquer docente — do pré-escolar ao 12º ano, do ensino privado, público, cooperativo ou especial — pode submeter a sua candidatura no site da iniciativa. Até 10 de março, os interessados têm apenas de apresentar o motivo pelo qual entendem merecer o prémio e cruzar os dedos para serem selecionados como melhor professor do país.
Depois do Reino Unido, Chile e Dubai, o “Nobel da Educação” chega a Portugal, destacando o professor mais inovador face aos muitos desafios que se colocam no contexto escolar. O docente selecionado a nível nacional ficará automaticamente apurado para a eleição global, cujo prémio é de um milhão de dólares (cerca de 804 mil euros). A escolha por terras lusitanas ficará a cargo (para além de Laborinho Lúcio) de Pedro Carneiro (em representação da comunidade educativa), Sara Rodi (em representação dos pais), João Brites (em representação dos alunos), Eduardo de Sá (em representação da comunidade científica) e Alexandre Marques.
Na cerimónia de apresentação do projeto, esta terça-feira, Laborinho Lúcio deixou uma esperança: que o vencedor seja aquele professor ou professora que tenha dado “o direito aos alunos de desenvolverem as suas capacidades de modo a participar na vida pública”.
Galp quer recuperar dignidade da profissão
O Global Teacher Prize chega, este ano, pela primeira vez, a Portugal com a ajuda da Fundação Galp (parceiro principal da iniciativa), da Fundação Calouste Gulbenkian e da Federação Portuguesa de Futebol (responsáveis pela amplificação do projeto).
“Há mais de dez anos que a Galp se tem vindo a envolver em projetos de educação”, sublinhou o presidente da Fundação da Galp, no evento desta manhã. Carlos Gomes da Silva disse que está “absolutamente convencido [de que este prémio] é estruturante para recuperar a dignidade” dos professores.
O gestor acrescentou ainda que qualquer sociedade só tem um futuro sorridente, se existirem “professores comprometidos, desafiantes e desafiados”. Já Rui Costa, representante da Câmara Municipal de Lisboa, elogiou o projeto em causa, referindo que “chega em boa hora”, uma vez que atualmente a classe docente é vítima de alguma “desvalorização” por parte dos políticos e dos media.
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