“Créditos imediatos” vão ser uma tendência na banca
Consultora Oliver Wyman analisou as tendências da digitalização do setor financeiro e concluiu que os "créditos imediatos" vão chegar com a nova diretiva de serviços de pagamentos.
Os créditos imediatos, “facilmente aceites ou rejeitados com base nas informações enviadas pelo utilizador”, vão ser uma tendência no setor bancário face à nova diretiva de serviços de pagamentos e num cenário de forte digitalização. A indicação é da consultora financeira Oliver Wyman numa nota divulgada esta terça-feira, um dia antes da conferência Banking Summit, em Lisboa, onde a empresa terá um especialista a apresentar tendências digitais no setor financeiro.
Os bancos portugueses “enfrentam um ambiente em rápida mudança” e “devem considerar antecipar a evolução dos atuais agregadores e gestores de finanças pessoais através de um modelo life coach“, sublinha também a consultora. “As instituições financeiras deparam-se hoje com um contexto desafiante, no qual a competição de novos players (grandes tecnológicas e fintech) representa um novo paradigma”, alerta. E diz: “O setor deve assim implementar uma nova agenda que exigirá transformações ambiciosas: ir além do processo de reestruturação, alterando o seu modelo de negócio bancário de forma a adaptar-se às novas necessidades dos seus clientes”.
Na perspetiva da Oliver Wyman, a Diretiva de Serviços de Pagamentos, que acaba de entrar em vigor, “oferece uma ampla gama de possibilidades”, como a da criação de um “agregador e gestor de finanças pessoais”. A título de exemplo, uma ferramenta destas permitiria aos clientes a “comparação de diferentes produtos num só canal”, facilitando a “aquisição pelo utilizador”. Mas é apenas uma das sugestões.
Para a consultora, os “créditos imediatos”, as “poupanças inteligentes”, a “gestão múltipla de produtos” e os “pagamentos e transferências” mais ágeis são outras das possibilidades que a nova diretiva vai possibilitar, além do risco acrescido de abertura do negócio aos “novos players“, como referido.
Desta forma, a Oliver Wyman recomenda à banca em Portugal que considere “antecipar a evolução dos atuais agregadores e gestores de finanças pessoais através de um modelo life coach“. “Por exemplo, o life coach pode ajudar o cliente a ter uma vida mais saudável, proativamente alertando sobre eventuais aumentos do consumo de cafeína e sugerindo potenciais poupanças de forma a alcançar um objetivo pessoal (por exemplo, uma viagem)”, lê-se na nota enviada à comunicação social.
Numa outra perspetiva, a consultora financeira alerta que “vários bancos têm ainda sistemas antigos e rígidos, cuja infraestrutura pode impedir o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias”. “Por este motivo, algumas empresas precisam de ‘começar do zero’, com novas estruturas completamente separadas que permitam soluções mais flexíveis”, acrescenta a empresa. E conclui: “Esta visão só pode ser implementada com elevados níveis de ambição e um plano estruturado”.
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