Santander diz que salvou Estado de pagar 36 mil milhões para resgatar Popular

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2018

Só para garantir os depósitos dos clientes do Popular, o Tesouro espanhol teria de ter avançado com um resgate de vários milhões de euros, diz o Santander.

O Santander garante que a decisão de incorporar o Popular na sua estrutura salvou o Estado espanhol de desembolsar 36 mil milhões de euros para resgatar este banco. A ideia é expressa numa carta enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores, o regulador do mercado espanhol, a que o El Mundo teve acesso.

“O Banco Santander assumiu diligentemente o novo Banco Popular, que resultou da sua resolução. Esta atuação do Banco Santander evitou o terrível impacto que a falência do Banco Popular teria tido sobre o mercado financeiro espanhol e, além disso, foi feito sem que os contribuintes tenham tido de suportar o custo desta intervenção, ao contrário do que aconteceu com muitos outros bancos, que precisaram de significativos apoios públicos para assegurar a sua viabilidade, nomeadamente, o Bankia/BFA”, pode ler-se na carta, citada pelo El Mundo.

Foi depois de um ultimato de Bruxelas, que impôs uma medida de resolução ao Popular, que o Santander ficou com este banco, pagando o valor simbólico de um euro. O Santander avançou com um aumento de capital de sete mil milhões de euros para cobrir o capital e as provisões necessárias para fortalecer o Popular.

Agora, o Santander vem falar sobre esse peso que assumiu, sublinhando que, só para garantir os depósitos dos clientes do Popular, o Tesouro espanhol teria de ter avançado com um resgate de vários milhões de euros. “Basta lembrar que o ministro da Economia avaliou o custo da insolvência do Popular para os cofres públicos em 36 mil milhões de euros”, acrescenta a carta.

“Se o Banco Santander não estivesse disposto a assumir o novo Banco Popular, criado pelo Mecanismo único de Resolução, os tribunais de Madrid ficariam a braços com os credores de um gigante, num processo que seria longo e prejudicial para trabalhadores, clientes, credores e acionistas”, aponta ainda a carta.

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