Pequim assume gestão da CEFC. Empresa não sabe de nada
A administração do grupo chinês que quer comprar o Montepio Seguros e a Partex caiu nas mãos do Estado, avança o South China Morning Post. Empresa diz que ainda não foi informada.
A Shanghai Guosheng Group, uma entidade controlada pelo governo municipal de Xangai, assumiu a administração da CEFC China Energy, o grupo chinês que quer comprar o Montepio Seguros, mas também a Partex, a petrolífera colocada recentemente à venda pela Fundação Calouste Gulbenkian. A informação é avançada pelo jornal South China Morning Post. A empresa liderada por Ye Jianming diz que ainda não foi informada desta decisão.
Citando duas fontes próximas, o South China Morning Post refere que a gestão e as operações diárias da CEFC China Energy está agora nas mãos do Estado. Segundo fonte oficial da CEFC, o grupo ainda não foi informado desta decisão e a administração da CEFC China Energy continua a gerir a empresa. Já a Shanghai Guosheng Group não quis comentar. Recentemente, o Anbang foi alvo de intervenção estatal.
Ainda esta sexta-feira, a empresa negou as notícias de que o seu presidente tenha sido detido para inquérito por suspeita de crimes económicos. Num comunicado publicado no site da empresa e citado pela Reuters, a CEFC China Energy diz que as notícias que dão conta da investigação ao presidente do grupo chinês “não têm fundamento”, sem avançar mais detalhes.
Ye Jianming, fundador e presidente da CEFC China Energy, foi detido para ser alvo de um interrogatório, avançou uma fonte próxima do processo citada pela Reuters. A mesma fonte não disse, contudo, que autoridades estavam envolvidas e se a investigação ainda decorria.
As ações foram penalizadas pelas notícias. A CEFC Anhui International Holding, a subsidiária da CEFC China Energy que está cotada em bolsa, chegou a cair 10% durante a sessão. Esta sexta-feira, a empresa recua quase 4%.
A CEFC China Energy tem feito várias apostas em Portugal, nomeadamente na Partex, mas também no Montepio Seguros. Ao ECO, a empresa reiterou o compromisso em comprar uma participação de 60% no ramo segurador do banco ainda liderado por Félix Morgado, garantindo que “não há obstáculos” na comunicação com o regulador.
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