Portugal em terceiro no campeonato mundial dos dividendos
No Mundial dos dividendos, Portugal consegue dar bem conta de si: apresenta o terceiro maior retorno do dividendo em todo o mundo. Apenas a Nova Zelândia e a Rússia superam a "seleção" portuguesa.
Cristiano Ronaldo pode ser motivo suficiente para os adeptos portugueses confiarem num bom desempenho da seleção no próximo Campeonato Mundial de Futebol na Rússia. Afinal, ele é o melhor jogador do mundo. Mas também no Mundial dos dividendos Portugal consegue dar bem conta de si. Já se sabia que as empresas portuguesas eram as campeãs da Zona Euro nesta disputa particular. Agora sabe-se que, comparando com as empresas de todo o mundo, elas ocupam um honroso terceiro lugar.
Superam Portugal nesta competição mundial pelos dividendos mais atrativos apenas dois países: a Nova Zelândia e a Rússia, segundo uma análise da Allianz Global Investors, que comparou os rendimentos dos dividendos a nível mundial.
Em média, as cotadas portuguesas apresentam-se com um dividend yield de cerca de 4,5%. Este rácio compara quanto a empresa irá pagar no seu dividendo com o valor do preço da ação. Calcula-se dividindo o dividendo pela cotação da ação. Quanto mais elevada for esta taxa, mais atrativo se assume o dividendo.
Já o dividend yield das empresas neozelandesas e russas situa-se à volta dos 5%. São mais atrativas do ponto de vista do dividendo, reservando Portugal para o terceiro lugar do pódio mundial.
Dividend yield e os juros das obrigações a dez anos em comparação
Esta competição ganha particular interesse numa altura em que as obrigações dos Governos e das empresas pouco ou nada dão a ganhar aos investidores. “Em muitas economias avançadas, os juros das obrigações dos governos estão em terreno negativo ou em níveis insuficientes para preservar o capital”, dizem os analistas.
Assim, “as atenções estão cada vez mais viradas para os dividendos como forma de gerar rendimentos de capital. (…) Estratégias com base nos dividendos apresentam-se interessantes num ambiente de juros negativos. A divergência entre os rendimentos dos dividendos e os rendimentos das obrigações do governo e as empresas nunca foi tão grande como atualmente, pelo menos no que diz respeito às empresas europeias”, explicaram.
Estratégias com base nos dividendos apresentam-se interessantes num ambiente de juros negativos. A divergência entre os rendimentos dos dividendos e os rendimentos das obrigações do governo e as empresas nunca foi tão grande como atualmente, pelo menos no que diz respeito às empresas europeias.
“As empresas de Espanha, Portugal e Itália lideram este ranking na Zona Euro, o que pode ser explicado pelo facto de estes mercados manterem avaliações baixas”, sublinham os experts da Allianz.
No PSI-20, o ECO já tinha dado conta dos dividendos com maior potencial: CTT, EDP e REN apresentavam-se com a melhor remuneração acionista em função do preço da ação.
Perguntou ao Google o que é um dividendo?
Apesar de o dividend yield ser uma ferramenta tradicional usada pelos investidores para medir a atratividade do dividendo, importa salientar que não se deve olhar para este rácio de forma isolada.
Como regra, diz a Allianz, as estratégias com base no dividendo devem incluir empresas que: 1) tenham perspetiva de gerar um dividend yield médio acima do respetivo índice acionista; 2) tenham potencial para aumentar os dividendos e, simultaneamente; 3) tenham uma sólida política de dividendo e com bom histórico.
Certamente já perguntou ao Google o que é um dividendo e o dividend yield. Nós temos aqui a resposta:
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