Barreiras Duarte: Polémica foi “um ataque a Rui Rio”

Feliciano Barreiras Duarte afirma que a polémica que levou à sua demissão enquanto secretário-geral do PSD, primeiro sobre o seu alegado trabalho na universidade de Berkeley e depois sobre a sua morada oficial, foram orquestrados por opositores de Rui Rio para enfraquecer a nova liderança do PSD. Numa entrevista à TSF, Feliciano Barreiras Duarte disse que, dentro do PSD, existem fações contra Rio que querem continuar a atacar a sua presidência.

“Existem já outras situações de que se fala sobre membros da atual direção social-democrata”, referiu Barreiras Duarte, acrescentando que “há pessoas que tinham influência no PSD” que se opõem ao “estilo diferente” de Rui Rio, e pretendem atacar os membros da sua direção para reduzir as suas hipóteses de ser bem-sucedido como líder do principal partido da oposição.

A demissão de Barreiras Duarte chegou este domingo, com uma comunicado no qual falava em “pedido irrevogável de demissão”, já concretizada. O ex-secretário-geral disse à TSF ter atingido o limite “face à violência inusitada dos ataques e aos efeitos” para si e para a sua família. No entanto, afirmou que o alvo dos ataques contra si era Rio Rio, o que o fez sair para não “avolumar o problema”.

De acordo com a Renascença, o seu sucessor deverá ser o deputado Adão Silva, uma decisão que deverá ser anunciada na próxima reunião do Conselho Nacional, que se deverá realizar na próxima semana. No entanto, sublinha o Diário de Notícias, Rui Rio não tem maioria neste órgão, pelo que o desfecho da votação é uma incógnita. O Diário de Notícias acrescenta algumas possibilidades à prevista pela Renascença, incluindo Pedro Alves e Maló de Abreu, para o lugar de secretário-geral do partido.