Eleições EUA: Os robôs dão vitória a Trump, um candidato mais popular do que Obama

Um sistema de inteligência artificial que previu corretamente as últimas três eleições está a dar a vitória a Donald Trump. Esta máquina diz até que Trump é mais popular do que Obama foi em 2008.

A maior parte das sondagens dão vantagem a Hillary Clinton. Esta sexta-feira o The New York Times — que chega a um número final tendo em conta dezenas de sondagens — tem a candidata democrata à frente com 91% de possibilidade de ganhar face a 9% de Donald Trump. Mas há um sistema de inteligência artificial que prevê uma vitória do candidato republicano.

Desde 2004 que a corrida à Casa Branca é acompanhada de uma previsão de um sistema de inteligência artificial, o MogIA. A máquina foi desenvolvida pelo fundador da startup indiana Genic.ai, Sanjiv Rai, escreve a CNBC. Um dos pressupostos é que, com o acumular do tempo, o sistema fica cada vez mais inteligente.

O MogIA analisa 20 milhões de ‘data points’ e do respetivo ‘engagement’ de plataformas públicas dos Estados Unidos da América como a Google, o Facebook (incluindo o Facebook Live), a Twitter e o YouTube. A partir dessa análise tira as suas conclusões: para as eleições presidenciais de dia 8 de novembro, a aposta do MogIA é Donald Trump.

Se o Trump perder, esse resultado irá desafiar as tendências dos dados pela primeira vez nos últimos 12 anos.

Sanjiv Rai

Fundador do sistema de inteligência artificial MogIA

Porquê? A explicação principal é que Donald Trump tem um engagement na internet superior em 25% aos números de Obama em 2008. Isto pode ser explicado pela evolução do número de utilizadores online e pelo facto das primeiras eleições de Barack Obama terem sido também as primeiras a utilizar o social media para arrecadar votos.

Este sistema de inteligência artificial não só previu corretamente as últimas três eleições presidenciais como também acertou nos resultados das primárias do Partido Democrata e do Partido Republicano este ano.

No entanto, não é certo que esta previsão final não possa ser influenciada negativamente pelos escândalos de Donald Trump e, por isso, pode não traduzir-se em votos positivos para o candidato.

No entanto, Sanjiv Rai defendeu o seu sistema, garantindo que quem domina o engagement ganha a eleição à Casa Branca: “Se o Trump perder, esse resultado irá desafiar as tendências dos dados pela primeira vez nos últimos 12 anos desde que o engagement na Internet começou a surgir”.

Editado por Mónica Silvares

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