Investimento em certificados do Tesouro abranda. Portugueses colocam 101 milhões em fevereiro
O investimento em certificados do Tesouro abrandou em fevereiro face ao primeiro mês do ano. Já os certificados de aforro perderam dinheiro pelo 16.º mês consecutivo.
Os certificados do Tesouro continuam a ser o produto de poupança do Estado de eleição dos portugueses, apesar de estarem em perder algum brilho. O investimento em certificados do Tesouro abrandou em fevereiro face ao primeiro mês do ano, de acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal divulgado nesta quarta-feira. Já os certificados de aforro perderam dinheiro pelo 16.º mês consecutivo.
As aplicações em certificados do Tesouro engordaram 101 milhões de euros no segundo mês do ano, com o montante total colocado neste produto de poupança a ascender a 15.242 milhões de euros, para um novo recorde. No entanto, face a janeiro ocorreu uma quebra do nível de captação de poupanças para este produto. No primeiro mês de 2018, as aplicações em certificados do Tesouro tinham crescido em 108 milhões de euros.
Investimento em certificados abranda
Fonte: Banco de Portugal
Numa base homóloga também é notória uma quebra no ritmo de captação de poupanças para este produto do Estado, mas ainda mais substancial. O montante angariado pelos certificados do Tesouro, em fevereiro, representou apenas 27% do total registado no mesmo mês do ano passado.
Essa quebra é justificada pela perda de interesse dos portugueses por este produto de poupança que viu a sua remuneração sofrer um corte considerável com o lançamento dos novos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) no final de outubro. Estes vieram substituir os Certificados do Tesouro Poupança Mais que pagavam uma taxa média de 2,25%. Os CTPC pagam 1,35%.
A remuneração pouco atrativa também justifica o desinteresse que os portugueses têm revelado relativamente a colocar as suas poupanças em certificados de aforro. Em fevereiro, e pelo 16.º mês consecutivo, este produto de poupança do Estado perdeu dinheiro. As aplicações em certificados de aforro encolheram em 13 milhões de euros, para um total de 11.917 milhões de euros.
No total, os portugueses tinham no final de fevereiro 27.159 milhões de euros aplicados em produtos de poupança do Estado.
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