SAG vai sair de bolsa… duas décadas depois da estreia

Depois da Luz Saúde, também a SAG se prepara para sair de bolsa. A administração vai levar a votos a perda de qualidade de sociedade aberta no dia 12 de abril.

Depois da Luz Saúde, também a SAG se prepara para sair de bolsa. A administração vai levar a votos a perda de qualidade de sociedade aberta no dia 12 de abril. No primeiro documento enviado à CMVM, a dona da SIVA, que comercializa em Portugal as marcas da Volkswagen, não revela a contrapartida. Num segundo documento, refere que vai pagar o valor médio da cotação nos últimos seis meses.

“Convocam-se os senhores acionistas para a assembleia geral extraordinária a realizar no dia 12 de Abril de 2018, pelas 17:00 horas” para deliberarem sobre um único ponto: “a perda da qualidade de sociedade aberta“, refere a empresa no primeiro comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais português.

“Na data da divulgação da presente convocatória, os documentos (…) são postos à disposição dos senhores acionistas, para consulta, na sede social (durante as horas de expediente), no sítio da Internet https://www.sag.pt e no Sistema de Difusão de Informação da CMVM“, acrescenta, salientando que os acionistas podem requerer que lhes seja facultada uma cópia do texto integral da proposta de deliberação a apresentar à Assembleia Geral”.

Contudo, no site da SAG, não foram ainda publicados esses documentos em que os investidores ficarão a saber qual a contrapartida que será apresentada para cada ação ainda no mercado. Só num documento enviado posteriormente à CMVM é que a empresa clarifica este ponto crucial para quem tem ações.

Refere que a contrapartida vai ser “calculada nos termos do artigo 188.º do Código de Valores Mobiliários”. Ou seja, será o valor médio dos últimos seis meses em bolsa, ou seja, 18,9136 cêntimos. Atualmente, os títulos da SAG estão a cotar nos 16,45 cêntimos, sendo que pouco mais de 10% do capital está efetivamente disponível para negociação.

“O Dr. João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho é hoje titular, direta e indiretamente, de 80,08% do capital social da SAG, sendo-lhe imputados 88,86% dos direitos de voto da SAG, atenta a carteira de ações próprias da sociedade”, refere a empresa notando que “da referida concentração resulta uma reduzida dispersão do capital da SAG, ascendendo atualmente o free float da SAG a 10,04% do capital social desta”.

A SAG está em bolsa desde 1998, podendo sair ao fim de duas décadas. No último exercício, o de 2017, a empresa registou um prejuízo de 9,8 milhões de euros, o que representou um agravamento em relação ao prejuízo de 1,2 milhões que foi registado em 2016, em “resultado do agravamento das condições da atividade”.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h13 com o novo comunicado enviado pela empresa à CMVM)

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