Rui Rio escolhe Álvaro Almeida para ‘ministro-sombra das Finanças’
O novo conselho estratégico do PSD, uma espécie de 'governo sombra', vai ter Álvaro Almeida como coordenador nas Finanças Públicas. Álvaro Amaro e Silva Peneda também vão integrar equipa.
Rui Rio está a fechar a equipa do Conselho Estratégico Nacional (CEN), uma espécie de ‘governo-sombra’ do PSD que vai ser liderado por David Justino, e deverá ser apresentada na próxima semana. Ao todo, haverá 16 áreas setoriais no conselho, e o ECO sabe ue Álvaro Almeida, o candidato do PSD à Câmara do Porto nas últimas autárquicas, é o nome escolhido para coordenador da área das finanças públicas. Este é uma das cartas-surpresa do líder do PSD, mas há outros nomes com passado no partido.
De acordo com várias fontes que estão a participar neste processo, Álvaro Amaro, atual presidente da Câmara da Guarda e um dos defensores e promotores do movimento pelo interior, fica com a coordenação da “super” pasta da Reforma do Estado e Descentralização, enquanto Silva Peneda, ex-presidente do CES, ficará com a pasta da solidariedade e bem estar. Contactado pelo ECO, o líder do PSD não faz comentários sobre estes nomes e remete qualquer informação para a apresentação do conselho.
O líder do PSD ainda não tem, neste momento, a equipa fechada. O modelo de organização deste conselho suscitou dúvidas. Porquê? Existirá a figura do coordenador, o que terá a responsabilidade de suscitar o envolvimento da sociedade civil e estruturar os contributos para o que vier a ser o programa eleitoral e de governo, enquanto os porta-vozes estarão na linha da frente do combate político. Até agora apenas eram conhecidos os nomes de David Justino, que estará no topo da estrutura e do coordenador para a Agricultura, Arlindo Cunha. Um nome que foi revelado pelo próprio Rui Rio, no momento em que apresentou o novo CEN. A escolha dos coordenadores, segundo explicou o líder do PSD, recai em pessoas mais velhas e com mais experiência, em contraponto com os porta-vozes, que serão pessoas mais jovens.
Rui Rio está ainda em contactos para fechar esta espécie de ‘governo-sombra’, uma expressão que o próprio já disse não ser a sua preferida. E por isso, apurou o ECO, a aprovação do modelo formal deste órgão ocorreu esta quarta-feira, mas a divulgação da equipa ficará para depois da Páscoa, provavelmente na próxima semana.
Nas pastas que serão coordenadas por Álvaro Almeida e Álvaro Amaro vão ter como porta-vozes Joaquim Sarmento e Barbosa de Melo, respetivamente para as Finanças Públicas e para a Reforma do Estado e Descentralização. Joaquim Sarmento é professor auxiliar de Finanças no ISEG e foi assessor económico de Cavaco Silva, no segundo mandato enquanto Presidente da República. Já Barbosa de Melo é professor na Faculdade de Economia de Coimbra e vereador da Câmara de Coimbra, onde chegou a ser presidente. Foi ainda presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional. Já na área da solidariedade e bem-estar, que vai ficar sob a tutela de Silva Peneda, terá como porta-voz, António Tavares, o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
O Conselho funcionará em articulação com o grupo parlamentar, e para esta ligação, há já dois nomes: Fernando Negrão, o líder do PSD na Assembleia da República, e António Leitão Amaro, que integra a direção da bancada. Este novo modelo de funcionamento assenta em 16 áreas, que vão desde as relações externas, aos assuntos europeus, passando pela educação, saúde, economia, inovação e internacionalização, por exemplo.
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