Depois do Facebook e da Google, Twitter também ataca criptomoedas
Twitter acaba de anunciar que vai proibir a maior parte da publicidade às criptomoedas. Rede social segue assim a estratégia adotada pela Google e pelo Facebook para combater e prevenir a fraude.
De braço dado com a Google e com o Facebook, o Twitter acaba de anunciar que vai bloquear a maior parte da publicidade às criptomoedas. Segundo a agência Reuters, a nova política desta rede social prevê a proibição de anúncios que promovam a venda de créditos e serviços de carteira de moedas digitais ou divulguem bolsas de negociação de criptomoedas, bem como impede a publicidade de ofertas públicas iniciais de moedas (ICOs).
No início do mês, a plataforma liderada por Jack Dorsey já tinha adiantado que estava a preparar medidas de combate às contas ligadas a este tipo de moedas que interagem “de maneira enganosa”. Nessa altura, o Twitter chegou mesmo a receber pedidos para que fosse “mais duro”, seguindo a batuta da rede social de Zuckerberg e da gigante liderada por Sundar Pinchai.
A nova política, que entrará em vigor nos próximos 30 dias, pretende não só lutar contra a fraude, como também mitigar os grandes prejuízos dos potenciais investidores.
A Google anunciou, há duas semanas, que vai passar a proibir, a partir de junho, os anúncios relacionados com criptomoedas, nas suas múltiplas plataformas. De acordo com a gigante, a medida tem como objetivo proteger os utilizadores das “burlas online“.
Em janeiro, o Facebook já tinha aberto guerra a este tipo de publicidade. Na nova política da rede social, está estipulado o bloqueio de “anúncios que promovam produtos financeiros e serviços que são frequentemente associados a práticas promocionais enganosas, como opções binárias, ofertas iniciais de moedas e criptomoedas”. Caso a norma seja violada, a empresa prevaricadora é banida da plataforma.
Proibições afundam criptomoedas
Depois de, no final do ano passado, terem vivido tempos áureos, as criptomoedas vivem agora tempos difíceis.
A divulgação da nova política do Twitter fez a Bitcoin — a moeda digital mais conhecida — desvalorizar 3,35% para os 7.876,76 dólares, agravando-se a distância face ao seu máximo histórico de 19 mil dólares atingida no final do último ano.
Na semana passada, na cimeira dos G20, os líderes da economia mundial determinaram que até julho devem ser dados os primeiros passos no sentido de uma regulação unificada relativa a este tipo de moedas. Apesar dos receios que se têm gerado em torno desta tecnologia, os ministros das Finanças e líderes dos bancos centrais defenderam que se adivinham “imensas oportunidades económicas”.
Por cá, a CMVM recomendou aos bancos e corretoras nacionais para que se abstenham de vender este tipo de instrumentos financeiros. A entidade considerou que, antes de regular o novo setor, é preciso entender a sua complexidade e seriedade. Para o regulador, é necessária uma “classificação dos investimentos” e só depois será possível “avançar para a regulação neutra”.
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