Grupo chinês que queria o Novo Banco recebe ajuda pública
O Estado chinês vai injetar 9,6 mil milhões de dólares na Anbang, agora que os reguladores chineses controlam o grupo. O fundador da Anbang admitiu ter cometido fraude.
O grupo chinês Anbang, que foi apontado como candidato à compra do Novo Banco, anunciou na quarta-feira que vai receber 9,6 mil milhões de dólares (7,8 mil milhões de euros) em ajuda pública. Em fevereiro passado, os reguladores chineses assumiram as operações do Anbang Insurance Group, depois de uma vaga de aquisições por todo o mundo ter suscitado dúvidas sobre a origem do dinheiro e a sustentabilidade do grupo.
O fundador da Anbang, Wu Xiaohui, foi a julgamento, na semana passada, por acusações de fraude e uso da sua posição em benefício próprio.
A indústria dos seguros na China foi nos últimos dois anos abalada por vários casos de fraude. Em setembro passado, o anterior diretor da Comissão Reguladora de Seguros da China foi julgado por receber subornos, enquanto executivos do setor foram punidos por corrupção e má gestão.
A injeção de dinheiro público vai ajudar a Anbang a “manter estáveis as suas operações”, segundo um comunicado difundido no seu ‘site’ oficial.
A operação significa que o Estado chinês passa a deter uma posição de 98% na empresa, através de um fundo público, retirando a maioria das ações detidas por Wu e outros acionistas.
O Partido Comunista Chinês (PCC) apontou a redução dos riscos financeiros como uma prioridade para este ano, depois de um ‘boom’ do crédito no país ter levado agências de rating a reduzir a nota da dívida chinesa.
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