Foi só um susto. Wall Street recupera à espera das negociações com a China

Depois das fortes quedas, Wall Street voltou aos ganhos. A retaliação da China às tarifas dos EUA assustou os investidores, mas a abertura às negociações aliviou a tensão nas bolsas norte-americanas.

Depois de um arranque em queda, que atirou os índices para mínimos do ano, a sessão acabou por ser positiva para os três índices bolsistas norte-americanos. Se a primeira reação à retaliação da China às tarifas de Trump foi de pânico, os ânimos acalmaram durante a sessão com os investidores a centrarem atenções à abertura para a negociação em vez de uma guerra comercial.

Wall Street arrancou a sessão com quedas de mais de 1%, mas durante o dia foi corrigindo das perdas. A correção deu lugar à recuperação, permitindo aos índices fecharem, os três, em terreno positivo. O S&P 500 somou 1,16%, ligeiramente mais do que os 0,96% do Dow Jones. O Nasdaq, que chegou a apresentar perdas no acumulado do ano, terminou a sessão a ganhar 1,43%.

A China anunciou, esta quarta-feira, que vai impor tarifas de 25% em 106 bens norte-americanos em retaliação à guerra comercial lançada por Donald Trump. A medida deverá atingir 50 mil milhões de dólares de importações norte-americanas e terá como principais alvos as industrias automóvel, da aviação, química e da soja.

A retaliação pesou em empresas destes setores, nomeadamente a Boeing, que não evitou a queda na sessão. No entanto, grande maioria das cotadas acabou por recuperar fôlego, puxando pelos índices, depois de Larry Kudlow, conselheiro económico de Donald Trump ter vindo afirmar que os EUA estão a “negociar” com a China.

Omar Aquilar, responsável de investimento da Charles Schwab, à Reuters, diz que os investidores se precipitaram ao venderem os títulos, o que levou a fortes quedas das bolsas dos EUA. Uma reação excessiva àquilo que inicialmente parecia ser uma guerra comercial, cenário que a administração de Trump procura agora afastar.

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