António Ramalho: “A viabilidade do Novo Banco está mais do que provada”
O presidente do Novo Banco diz que não existem dúvidas sobre a sustentabilidade do banco. Quanto ao futuro, Ramalho não descarta a hipótese do Fundo de Resolução ter de emprestar mais dinheiro.
António Ramalho garante que o Novo Banco é um banco sustentável e viável. Após ter apresentado prejuízos recorde de 1,39 mil milhões de euros, o presidente da instituição diz, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1 este domingo, que está numa “maratona de sustentabilidade” e não num “sprint de lucros”. Contudo, admitiu a hipótese de vir a ser necessário mais dinheiro do Fundo de Resolução.
“A viabilidade está mais do que provada”, garante António Ramalho, argumentando que “poucos bancos terão a capacidade para provar a viabilidade que provamos nos últimos três anos”. Para o presidente do Novo banco, apesar dos prejuízos, “as contas de 2017 são um sintoma de alguns elementos muitos positivos“. “Não julgo que haja dúvidas nenhumas sobre a sustentabilidade do Novo Banco”, insiste.
Ramalho revela que o “grosso dos problemas” está em “44 créditos fundamentais”. E acrescenta que “89% das imparidades são para empresas”, referindo que o setor da construção civil e das obras públicas é responsável por grande parte desse crédito mal parado. O presidente do Novo Banco diz que o banco estava “condenado”, mas agora é um “banco em reestruturação”. E a venda à Lone Star? “É o negócio possível, não há negócios perfeitos“, sintetiza.
"Poucos bancos terão a capacidade para provar a viabilidade que provamos nos últimos três anos.”
Em relação ao futuro, António Ramalho admite que o Fundo de Resolução pode voltar a injetar dinheiro no Novo Banco, após a mais recente tranche de 450 milhões de euros. “Vai depender da conjugação entre os rácios e as perdas“, explica. Mas o presidente do banco tem uma missão perante os portugueses: “Os contribuintes querem que eu assegure a criação de valor deste banco para que os 25% que o Fundo de Resolução tem sejam valorizados o mais depressa possível”.
Para já continua a reestruturação do banco com a redução do número de trabalhadores e de balcões. Ramalho refere que desde que entrou houve uma redução de 160 balcões e de 1.823 trabalhadores. Neste momento o Novo Banco tem 5.457 trabalhadores, mas pretende chegar aos cinco mil. “Estamos com pressa de sermos um banco rejuvenescido“, concluiu.
(notícia atualizada a 9 de abril, às 8:38 com mais informação)
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