Há mais bebés e menos emigrantes mas população cai na mesma
Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam para uma quebra de 18,5% no número de emigrantes. Nascimentos aumentaram pela primeira vez desde 2010.
O número de nascimentos aumentou pela primeira vez desde 2010, o número de imigrantes subiu e o de emigrantes recuou. Ainda assim, a população residente voltou a encolher em 2015, apesar de a descida ser menos pronunciada.
No ano passado, eram pouco mais de 10,3 milhões os residentes em Portugal, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE). Como chegamos a este valor? Comecemos pelo número de nascimentos: o ano de 2015 contou com 85.500 nados vivos, o que representa o primeiro aumento desde 2010. Em causa está uma subida de 3,8%.
No entanto, o número de mortes (108.511) continua a ser superior ao de nascimentos, resultando num saldo natural negativo, avançam os dados publicados esta segunda-feira.
Olhando já para os movimentos migratórios, o INE dá conta de um aumento no número de imigrantes e de uma diminuição no de emigrantes. Mas isso não impediu que o saldo migratório continuasse negativo.
O número de imigrantes permanentes — que residiram no estrangeiro por mais um ano e entram em Portugal para residir por período também superior a um ano — aumentou 53,2%, para quase 30 mil pessoas, o valor mais elevado dos últimos anos. Em contrapartida, o número de emigrantes recuou, mas apenas 18,5%. Terão saído, de forma permanente, para o estrangeiro, mais de 40 mil pessoas. É o valor mais baixo desde 2011.
Quem são estas pessoas? São sobretudo homens que saem ou entram em Portugal de forma permanente. No caso dos imigrantes, metade dos que chegam ao país têm nacionalidade portuguesa.
Além dos emigrantes permanentes, 2015 contou ainda com 60.826 emigrantes temporários — pessoas que pretendem viver no estrangeiro por um período entre três meses e um ano. Em causa está uma quebra de 28,5% face a 2015, que acaba por contrariar a tendência de crescimento verificada na série iniciada em 2011. Ainda assim, o número continua superior ao de emigrantes permanentes.
Mais de metade dos nascimentos ocorrem “fora do casamento”
Dos 85.500 bebés de 2015, mais de metade (50,7%) nasceram “fora do casamento”, indica ainda o INE. E manteve-se “a tendência de adiamento da idade à maternidade”. Em média, as mulheres tinham 30,2 anos quando tiveram o seu primeiro filho (30 anos em 2014). A idade média da mulher ao nascimento de um filho também passou de 31,5 anos em 2014 para 31,7 anos em 2015.
A idade média de casamento também aumentou em 2015: 36,3 anos para os homens e 33,8 anos para as mulheres. Em 2015, realizaram-se quase 32,4 mil casamentos, mais 914 face ao ano anterior.
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