CTT afundam. Ações tocam novo mínimo histórico nos 2,952 euros

Na véspera da assembleia geral de acionistas, as ações da empresa liderada por Francisco Lacerda voltam a afundar. Estão a negociar nos 2,952 euros, o valor mais baixo de sempre.

Os CTT voltam a centrar atenções dos investidores, mas não pelos melhores motivos. As ações da empresa de correios voltam a estar sob pressão nos mercados, afundando para novos mínimos. Na véspera da assembleia geral de acionistas, os títulos atingiram o valor mais baixo desde que estão em bolsa: 2,952 euros.

Depois da subida na primeira sessão da semana, que pôs fim a três sessões de quedas acentuadas, as ações voltam a perder valor na bolsa de Lisboa. Seguem a cair 2,51% para 2,954 euros, tendo chegado ao valor mais baixo de sempre de 2,952 euros. Com esta queda, os CTT elevam para 13% a queda no ano, o segundo pior registo no PSI-20.

CTT tocam novo mínimo histórico

A pressão não é de agora. Já vem desde que os CTT fizeram um profit warning que se confirmou. Os CTT viram o lucro afundar mais de 50% para 27 milhões de euros em 2017, por causa da quebra do tráfego postal, dos encargos com a saída de pessoal e a integração da empresa Transporta no grupo CTT.

Desde então, vários bancos de investimento têm vindo a rever em baixa a avaliação atribuída às ações. Goldman Sachs, Barclays e, mais recentemente, o CaixaBI cortaram o target das ações dos CTT. Neste último caso, a avaliação foi reduzida em um terço, com o banco de investimento da CGD a apontar para os grandes desafios da empresa.

Francisco Lacerda tem em “uma missão difícil” à frente dos CTT, diz o CaixaBI, que avalia agora as ações dos CTT em 3,10 euros, traduzindo-se num corte de 34% face à anterior estimativa de 4,70 euros. Quando foram para a bolsa, em dezembro de 2013, valiam 5,52 euros. Ou seja, face à cotação atual, os CTT acumulam uma queda de 46%.

Este mau desempenho bolsista, reflexo do comportamento operacional, deverá ser alvo de escrutínio por parte dos investidores na assembleia geral de acionistas de 18 de abril, esta quarta-feira. Há já um grupo de pequenos acionistas dos CTT que contesta “significativos erros de gestão”, prometendo levantar a voz na reunião magna.

(Notícia atualizada às 9h13 com mais informação)

 

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