Ações da Pharol caem quase 2% após prejuízos de 806,5 milhões
A empresa liderada por Palha da Silva multiplicou os prejuízos por 13, para os 806,5 milhões de euros e o mercado não perdoa. Ações recuam quase 2% para os 22,25 euros.
O mercado está a penalizar a Pharol, depois de a empresa ter reportado prejuízos de 806,5 milhões de euros relativos ao exercício de 2017. Um valor que multiplica por 13 as perdas obtidas no ano anterior, altura em que apresentava prejuízos de 61,9 milhões de euros.
As ações da maior acionista da operadora brasileira Oi iniciaram a sessão a recuar 1,98% para os 22,25 cêntimos, tendo atingido mínimos de 21,8 cêntimos. Mas passado cerca de uma hora desde o arranque da negociação os títulos já estão em terreno positivo.
A penalizar as contas da Pharol está a alteração da forma de contabilização da posição que tem no capital da Oi, onde detém 27,5%. A empresa liderada por Luís Palha da Silva revela que o “resultado líquido consolidado de 2017 representa uma perda no montante de 806,5 milhões de euros, que reflete a perda de 960,5 milhões resultado da reciclagem de reservas cambiais acumuladas que têm vindo a ser registada desde a aquisição do investimento na Oi, e que, face à definitiva perda de influência significativa na Oi, devem ser reconhecidas em resultados”.
A alteração do método de contabilização da Oi, explica a Pharol, vem no seguimento “da decisão pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro de retirar os direitos dos membros do Conselho de Administração da Oi na aprovação do Plano de Recuperação Judicial em que a Oi se encontra, e acontecimentos subsequentes”.
O plano de restruturação da Oi não agrada à Pharol, com Palha da Silva a considerar que “a solução encontrada não responde de igual forma aos interesses dos diferente stakeholders da empresa brasileira”. E volta a demonstrar a “total disponibilidade para vir a apoiar um Plano de Recuperação Judicial que, através de negociação, reponha o equilíbrio na ponderação dos interesses dos diferentes intervenientes”.
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