Jornal digital Observador vai ter conteúdos especiais para assinantes
O Observador é o jornal português que mais recentemente anunciou programa de subscrições digitais pagas, tendência no setor que permite aumentar receitas. Mensalidade começa nos 7,90 euros.
O jornal digital português Observador anunciou esta quinta-feira que vai passar a fechar alguns conteúdos a assinantes. O serviço chama-se Observador Premium e, através dele, só os leitores que façam uma subscrição paga passarão a ter acesso aos conteúdos mais aprofundados, especiais ou artigos de opinião. A modalidade é conhecida no mundo da imprensa digital como paywall — a do Observador arranca a 2 de maio.
Até aqui, todos os conteúdos do Observador eram de acesso livre e ilimitado, realidade que agora deixa de ser assim. Os leitores que não sejam assinantes podem aceder a sete conteúdos premium gratuitamente, todos os meses, numa espécie de “crédito mensal” que já existe noutros jornais, como o Público. “Numa primeira fase, o Observador vai considerar Premium a generalidade dos artigos das secções Opinião, Explicadores, Fact-Check e Especiais. Todos esses artigos estarão devidamente assinalados, de forma bem visível”, indica o jornal.
O custo da assinatura do Observador começa nos 7,90 euros por mês, ou 79,90 euros por ano. A assinatura é válida para um utilizador com login em três dispositivos. Para assinantes mensais, os dois primeiros meses custam apenas um euro. Para assinantes anuais, o primeiro ano fica a 39,90 euros. Há ainda uma modalidade para grupos, que permite três utilizadores e nove dispositivos ligados em simultâneo. Os preços começam nos 15,90 euros mensais ou 159,90 euros por ano, havendo igualmente um desconto para os dois primeiros meses (dois euros) ou para o primeiro ano, dependendo da modalidade subscrita.
O recurso à paywall é uma tendência no setor da imprensa digital. Em Portugal, a maioria dos jornais de referência já introduziu modelos de acesso por subscrição. Lá fora, são exemplos o The Wall Street Journal, o The New York Times ou o Financial Times. Isto permite aos jornais irem buscar receitas diretamente aos leitores, gerando uma nova fonte de rendimentos para além da publicidade, que é a mais comum.
Segundo dados da própria empresa, o Observador conta com cinco milhões de leitores mensais. “A grande maioria dos artigos continuará a ser de acesso livre e irrestrito”, garante ainda o jornal. O Observador foi lançado em maio de 2014 por António Carrapatoso, Duarte Schmidt Lino, José Manuel Fernandes e Rui Ramos. Tem como diretor executivo o jornalista Miguel Pinheiro.
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