Mark Zuckerberg deverá ir ao Parlamento Europeu em maio

Depois do Congresso dos Estados Unidos, Mark Zuckerberg também deverá comparecer no Parlamento Europeu em maio, para responder às perguntas dos Eurodeputados. Mas o líder do Facebook tem condições.

O Parlamento Europeu e o Facebook estarão perto de chegar a um acordo para que Mark Zuckerberg responda às perguntas dos eurodeputados em Bruxelas, tal como fez no início deste mês no Congresso dos Estados Unidos. A notícia foi avançada esta quinta-feira pelo Politico, que cita uma fonte parlamentar.

Mark Zuckerberg terá demonstrado disponibilidade para ser ouvido no Parlamento Europeu, ainda que com algumas condições acerca do “formato da audição”, disse a mesma fonte ao Politico. Serão estes detalhes que estarão a ser negociados e organizados mas, neste momento, tudo parece indicar que o líder do Facebook vai mesmo a Bruxelas em maio.

Segundo o jornal, foi o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, quem pediu ao presidente executivo do Facebook para ser ouvido no plenário. O pedido surge depois de uma sucessão de polémicas relativas à forma como a rede social trata e usa os dados pessoais dos utilizadores e não utilizadores, depois das revelações de que a consultora Cambridge Analytica terá usado dados de 87 milhões de pessoas para favorecer Donald Trump na corrida à Casa Branca.

Entretanto, o porta-voz do partido europeu de que faz parte Antonio Tajani (EPP Group) escreveu no Twitter que a vinda de Mark Zuckerberg ao Parlamento Europeu “está confirmada”. “Mark Zuckerberg, do Facebook, vai ao Parlamento Europeu em maio. Mas ele tem condições. O Parlamento ainda está a decidir qual o melhor formato para a audição”, disse Daniel Koster.

O gestor, que criou a rede social Facebook quando tinha 19 anos, já foi ouvido em duas audições distintas no Congresso norte-americano: primeiro no Senado e, depois, na Câmara dos Representantes. Foram dez horas de interrogatório, no total. Em ambas, o gestor mostrou-se preparado para responder aos congressistas e revelou, por um lado, também ter sido uma vítima do uso indevido de dados pela Cambridge Analytica e, por outro, que o Facebook também recolhe dados de pessoas que não têm conta na plataforma.

Contudo, e apesar de ter suscitado um movimento que incentivava os utilizadores a apagarem as suas contas no Facebook, a polémica pouco afetou os resultados da empresa. O lucro do Facebook cresceu 63% no primeiro trimestre deste ano, para 4.998 milhões de dólares, enquanto as receitas aumentaram 49%, a esmagadora maioria vinda da publicidade. O número de utilizadores ativos diários também subiu mais de 13% face ao período homólogo, para 1.450 milhões de pessoas.

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