CGD invoca sigilo bancário para não divulgar lista dos 50 maiores devedores
Caixa já respondeu a Rui Rio, que quer que se saiba quem são os 50 maiores devedores do banco público. Instituição liderada por Paulo Macedo rejeita divulgar lista por dever de sigilo bancário.
Rui Rio pediu, mas a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai dar. O presidente do PSD quer que seja divulgada a lista dos 50 maiores devedores do banco público e vai solicitar formalmente na Assembleia da República que seja revelada a sua identidade. Mas “a Caixa está obrigada aos deveres do sigilo bancário“, diz ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Paulo Macedo. Por outras palavras, não vai revelar.
Mais: se o banco público se recusar a revelar a lista invocando razões legais, então podem contar com o apoio dos sociais-democratas “para mudar a lei que não permite que os portugueses saibam quem é que deve tanto dinheiro ao banco público”, disse o líder do PSD há dois dias.
"A Caixa, tal como a restante banca, está obrigada aos deveres do sigilo bancário.”
Em resposta ao ECO, fonte oficial CGD lembra que “tal como a restante banca, está obrigada aos deveres de sigilo bancário“, rejeitando divulgar qualquer lista com o nome dos seus maiores devedores.
Nesta sua exigência, Rui Rio foi contundente nas críticas ao Governo. Nas palavras de António Costa, é extemporâneo falar de aumentos dos salários da função pública no próximo ano. O social-democrata respondeu: “Os funcionários públicos podem passar mais um ano sem aumentos, mas têm o direito de saber quem são os principais devedores da CGD, que ficaram a dever milhões e milhões de euros, que dava para dar muitos aumentos à função pública“, disse Rio, recusando qualquer comportamento eleitoralista.
“Não estou a dizer que se deve desequilibrar o Orçamento, fazer loucuras ou eleitoralismo, mas há uma coisa que estou a dizer: temos todos o direito, e em particular os funcionários públicos, de saber quem são realmente os grandes devedores da CGD”, frisou.
"Os funcionários públicos podem passar mais um ano sem aumentos, mas têm o direito de saber quem são os principais devedores da CGD, que ficaram a dever milhões e milhões de euros, que dava para dar muitos aumentos à função pública.”
Segundo Rui Rio, atualizar os salários dos funcionários públicos representaria uma despesa pública adicional de 300 milhões de euros. “Comparado com aquilo que o Estado deu à banca já na vigência deste Governo socialista, corresponde a uma fatia muito pequenina“, lembrou ainda.
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