Impresa corta prejuízos em 77%. Perde 640 mil euros
A dona da SIC fechou os primeiros três meses de 2018 com um prejuízo de quase 640 mil euros, uma melhoria de 77% face ao ano passado, quando ainda não tinha vendido as revistas.
A Impresa registou um prejuízo de quase 640 mil euros nos primeiros três meses do ano. Ainda assim, é uma melhoria dos resultados da dona da SIC, que tinha perdido 2,8 milhões de euros no mesmo período do ano passado, altura em que ainda não tinha vendido o portefólio de revistas. No trimestre, a empresa manteve a trajetória de redução de custos e redução da dívida, mas as receitas caíram.
“O resultado líquido [negativo] no final do primeiro trimestre de 2018, de 640 mil euros, é uma melhoria bastante significativa (+77,1%) relativamente às perdas de 2,8 milhões de euros do trimestre homólogo”, salienta a Impresa IPR 0,00% , num comunicado enviado esta quinta-feira aos mercados. Desta forma, salienta que estes resultados “permitem ao grupo Impresa reiterar o objetivo traçado para 2018, de prosseguir com o reforço da rentabilidade”.
O grupo de media melhorou também o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, tendo fechado o trimestre com um EBITDA positivo, de 1,8 milhões de euros. Tratou-se de uma “melhoria substancial” face às contas de 2017, em que a empresa registou um EBITDA consolidado negativo de 390,1 mil euros.
Do lado das receitas, a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão viu a rubrica cair em 13,4% em termos homólogos, de 45,3 milhões de euros, para 39,2 milhões de euros. Excluindo o efeito das revistas que a Impresa vendeu ao empresário Luís Delgado no início deste ano, as receitas teriam caído apenas 0,3%. A maioria das receitas foi gerada com a publicidade, um segmento que cresceu 1,1% no trimestre face aos mesmos três meses de 2017.
Segundo a empresa, a impulsionar o crescimento das receitas com publicidade esteve a “área digital” e o “aumento da publicidade no Expresso“, jornal detido pelo grupo. A venda de publicações, porém, caiu 1,8%, assim como as receitas de subscrição de canais face à desvalorização do dólar.
As despesas do grupo Impresa reduziram-se em 18,6%, de 45,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado, para cerca de 37,4 milhões de euros, sem contar com o efeito da venda das revistas. Quanto ao passivo, a empresa de Francisco Pedro Balsemão fechou o mês de março com uma dívida remunerada líquida de 185,6 milhões de euros, uma redução de de seis milhões de euros face ao trimestre homólogo.
Em janeiro deste ano, a Impresa anunciou que vendeu o portefólio de revistas à Trust in News, do empresário Luís Delgado, por 10,2 milhões de euros. Em causa, títulos como a Visão e a Caras. A operação, concluída a 1 de janeiro, levou a Impresa a reconhecer imparidades nos resultados do exercício do ano de 2017, que atiraram o grupo para um prejuízo de 21,7 milhões de euros.
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