Câmara de Lisboa não anulou leilão de rendas acessíveis
Houve vencedores e até a entrada de empresas no leilão que terá sido anulado. Lesados ameaçam processar autarquia.
A Câmara de Lisboa não anulou o polémico leilão de casas com rendas acessíveis, sendo que oito inquilinos venceram com propostas mais altas e até empresas tiveram direito a entrar.
Como escreve esta quinta-feira o Diário de Notícias, os inquilinos já se reuniram com a Câmara, para saberem em que situação ficam os imóveis que licitaram, sendo que estes pensam até seguir para tribunal, processando o município.
“O procedimento não foi anulado. Eles dizem que está suspenso para futura anulação. Para ser anulado é preciso existir um ato jurídico que explique os motivos do cancelamento. Porque nas regras do leilão não está prevista a sua anulação”, explicou ao jornal uma das lesadas.
A dois dias de fechar o prazo de entrega das casas leiloadas, os inquilinos foram notificados de que este tinha sido anulado por não cumprir os princípios nem os critérios do Programa Renda Acessível. No leilão, que pretendia colocar no mercado casas a 500 euros na cidade de Lisboa, a procura foi tão alta que os preços oferecidos pelos potenciais inquilinos foram mais do dobro do preço base que foi a leilão.
Uma das casas era um T1, com um preço base de 350, pela qual, em leilão, houve quem oferecesse 760 euros. Por um T2 triplex com 77 metros quadrados, com uma renda base de 500 euros, ofereceram-se mais de 900 euros.
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