Marcelo “em princípio” já não se opõe a diploma do sigilo
O Presidente da República afirmou que ainda vai ver a iniciativa legislativa em causa, mas que a situação que levou ao veto há um ano e meio, relacionada com a banca, já se alterou.
O Presidente da República confirmou hoje, em Florença, que, “em princípio”, está ultrapassada a objeção que o levou a vetar em 2016 o diploma sobre informação bancária, que o Governo decidiu voltar a submeter a promulgação.
“Vamos esperar que chegue às minhas mãos uma iniciativa legislativa e depois direi (…) Eu ainda não recebi, porque estava aqui na altura em que estava a ser aprovado no Conselho de Ministros. Vou ver. Em princípio, tendo-se alterado a situação que existia há um ano e meio, desaparece essa objeção”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República acrescentou que é preciso “ver apenas um pequeno pormenor, que é saber se deve ser iniciativa do Governo ou deve ir ao parlamento”.
O Governo decidiu hoje voltar a submeter a promulgação o diploma sobre informação bancária vetado em 2016, alegando que o Presidente da República deu como ultrapassadas as circunstâncias conjunturais desse veto.
“Tendo o Presidente da República comunicado publicamente que estão ultrapassadas as circunstâncias conjunturais que justificaram o veto do diploma que o Governo aprovou em 2016 para garantir o acesso automático a informações financeiras relativas a contas em bancos portugueses cujo titular ou beneficiário seja residente em território nacional nas situações em que o saldo seja superior a 50.000 euros, o Conselho de Ministros decidiu voltar a submeter a promulgação pelo Presidente da República o diploma oportunamente aprovado”, disse à agência Lusa fonte do executivo.
Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa divulgou uma nota lembrando que vetou o decreto do Governo sobre informação bancária em 2016 devido à “situação particularmente grave vivida então pela banca”.
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