Lucro da Nos sobe para 33,8 milhões. Receitas crescem 0,7%

Os resultados da Nos no primeiro trimestre deste ano mantiveram-se em linha com os do mesmo período do ano passado. A empresa justifica o menor crescimento com a desvalorização cambial em Angola.

A Nos registou um lucro de 33,8 milhões de euros entre janeiro e março. É um crescimento bem mais modesto que o registado no mesmo período do ano passado explicado pela empresa com a desvalorização do kuanza, que impactou negativamente o negócio da participada Zap em Angola.

A empresa revelou um crescimento de 3% nos resultados líquidos face aos 31,4 milhões que tinha obtido nos mesmos três meses do ano passado. Nessa altura, os lucros dispararam, em termos homólogos, crescendo 28,7%. Apresentou também um crescimento homólogo de 3% no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), que se cifrou em 146,7 milhões de euros.

O lucro acabou por ser penalizado pelas empresas associadas. Em causa esteve uma “desvalorização cambial de quase 30%” do kuanza angolano, que afetou de forma negativa o desempenho da angolana Zap, participada da Nos.

Ainda assim, num comunicado enviado à CMVM, a Nos destaca o “desempenho operacional sólido” neste trimestre, depois de registar uma subida no número de clientes na ordem dos 3,3%, contando com 9,454 milhões de subscritores dos seus serviços. Dentro das telecomunicações, os segmentos que mais cresceram foi o móvel e a banda larga fixa, suportados nas ofertas convergentes — isto é, nos pacotes de serviços.

Já as receitas de exploração da empresa liderada por Miguel Almeida mantiveram-se em linha com as registadas no primeiro trimestre de 2017. Aumentaram apenas 0,7%, para 383 milhões de euros. A empresa explica com o facto de não ter aumentado os preços no arranque deste ano, o que levou as receitas a ressentirem-se, subindo menos de 1%.

Concretamente, a Nos justifica o “ritmo de crescimento menor” dos resultados com o facto de não ter implementado um “aumento de preços” no início deste ano, “ao invés do que se verificou em 2017”. Isto surge depois de a Anacom ter considerado que as operadoras, incluindo a Nos, realizaram um aumento de preços no final de 2016 que não foi devidamente comunicado aos clientes.

Com o negócio das telecomunicações, que é o principal negócio da Nos, o crescimento foi de 0,9%. A empresa gerou 365,7 milhões de euros nestes três meses, só com a prestação de serviços de telecomunicações. O cinema é outro do negócio da companhia. Entre janeiro e março de 2018, a empresa vendeu quase 2,2 milhões de bilhetes, uma queda trimestral de 4,9%.

No mesmo dia em que apresentou as contas trimestrais, a Nos revelou a data de pagamento da remuneração acionista referente às contas do ano passado. A empresa vai pagar um dividendo de 30 cêntimos por ação no próximo dia 25 de maio. Este dividendo, que cresceu 50% face ao pago em função dos resultados de 2016, representa um payout de 125%, o que significa que a empresa vai dar 25% mais do que tudo o que lucrou.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h44)

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