Linklaters com consórcio chinês na OPA à EDP

António Soares da Linklaters é o advogado que está na assessoria jurídica ao consórcio chinês que se prepara para fazer uma OPA à EDP. Serra Lopes, Cortes Martins & Associados também está na operação.

António Soares, managing partner da Linklaters, é o advogado responsável pela assessoria jurídica ao consórcio chinês que se prepara para fazer uma OPA à EDP, apurou o ECO junto de fontes de mercado. Nessa assessoria está também Luís Cortes Martins, managing partner da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados. O Estado chinês detém, através de China Three Gorges e da CNIC, mais de 28% da elétrica portuguesa e prepara uma oferta pública de aquisição (OPA). O anúncio oficial deverá sair ainda esta sexta-feira.

Esta é uma operação que vai agitar o mercado da advocacia. Está em causa uma operação que poderá valorizar a EDP por um valor em torno dos 15 mil milhões de euros, um número sem paralelo desde a OPA da Sonae sobre a PT. E há já muitas movimentações no mercado, quando ainda não se sabe sequer as condições da oferta. O escritório de sempre da própria EDP é a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS). Do outro lado, a PLMJ tem trabalhado com a o fundo americano Capital Group – acionista da EDP com cerca de 12% do capital -, mas ainda não é certo que este escritório venha a trabalar com o fundo.

O ECO contactou os vários escritórios, mas nenhum acedeu a fazer qualquer comentário.

A China Three Gorges e CNIC, que farão parte de um consórcio chinês que se prepara para lançar a OPA, já têm mais de 28% do capital da empresa liderada por António Mexia, sendo que ao preço atual de mercado, a compra da totalidade das restantes ações poderá custar cerca de oito mil milhões de euros. E ainda mais com a EDP Renováveis.

Considerando como única a posição chinesa na EDP, a segunda maior acionista da empresa é o Capital Group, que controla pelo menos 12% da energética portuguesa. A terceira maior acionista da EDP é a Oppidum Capital. Detém mais de 263 milhões de ações, comandando 7,19% dos direitos de voto da empresa portuguesa, imputáveis ao empresário Fernando Masaveu Herrero, um dos homens mais ricos de Espanha. A BlackRock controla, direta e indiretamente, 5% da energética portuguesa. E o único acionista português relevante, com mais de 2%, é o BCP, através do fundo de pensões do banco (2,44% do apital).

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