Petróleo abaixo dos 45 dólares com novo recorde de produção da OPEP
Sondagem da Bloomberg antecipa que, contrariamente ao previsto, a produção de petróleo por parte da OPEP terá aumentado, em outubro. Preços do petróleo recuam para mínimos de cinco semanas.
O petróleo está sob pressão. O barril da matéria-prima está a negociar abaixo da fasquia dos 45 dólares, em Nova Iorque, numa altura em que a OPEP não dá sinais de conseguir travar o excedente de produção de petróleo.
O barril de crude desliza 1,9%, para os 44,48 dólares, em Nova Iorque, enquanto o barril de Brent perde 1,43%, para os 46,19 dólares, ambos para mínimos de cinco semanas. Um recuo que acontece depois de uma sondagem da Bloomberg ter antecipado que a produção da OPEP, contrariamente ao desejado, atingiu um novo recorde em outubro.
De acordo com a sondagem da agência de notícias realizada junto de analistas e petrolíferas, o cartel terá produzido 34,02 milhões de barris de petróleo diários, em média, durante o mês de outubro. Trata-se de um máximo histórico. Esta subida terá ido suportada pelo aumento de produção da Líbia, da Nigéria e do Irão, segundo justifica a Bloomberg.
Preços do petróleo em queda
Um aumento que poderá parecer surpreendente, tendo em conta que a OPEP está a negociar um acordo que visa precisamente estabelecer um teto de produção que permita travar o excedente da matéria-prima disponível no mercado.
A contribuir para o avanço das cotações do “ouro negro” está ainda um relatório da Administração de Informação de Energia, dos EUA, que indica que os inventários cresceram em 14,4 milhões de barris na semana passada.
"A discórdia está a crescer dentro da OPEP e existe uma crescente suspeita de que nada irá sair dos próximos encontros.”
“A discórdia está a crescer dentro da OPEP e existe uma crescente suspeita de que nada irá sair dos próximos encontros”, salienta Kyle Cooper, diretor de research da norte-americana IAF Advisors.
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