Portugal vai ter pela primeira vez meios aéreos de combate aos fogos todo o ano
O Governo contratou 50 aeronaves de combate aos incêndios, "algo inédito, porque permite ter uma resposta ao longo de todo o ano".
O ministro da Administração Interna garantiu que estão assegurados os meios aéreos definidos pelo Governo para combater os fogos florestais, depois de o Tribunal de Contas ter concedido hoje o visto para a contratação de mais 12 aeronaves.
“Estão contratados 50 meios aéreos, o que tínhamos [Governo] definido como o dispositivo de meios aéreos. É um processo normal, que permite disponibilizar estes que foram objeto da decisão do Tribunal de Contas, parte dos quais integram algo que acontecerá pela primeira vez em Portugal, disse o ministro Eduardo Cabrita, em Portimão. Segundo Eduardo Cabrita, parte das 50 aeronaves contratadas “é algo inédito, porque permite ter uma resposta, quer em helicópteros, quer em aviões, ao longo de todo o ano, ou seja, de janeiro a dezembro”.
O ministro falava aos jornalistas à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o Algarve que decorreu em Portimão, no distrito de Faro. Segundo Eduardo Cabrita, a contratação dos meios aéreos “é apenas uma parte visível do esforço de todos, porque o dispositivo ultrapassará este ano, e pela primeira vez, na sua fase máxima, mais de 10 mil elementos”. “São cerca de mil elementos a mais do que no ano passado”, frisou o governante, recordando que o contingente do GIPS “foi reforçado, estendendo a sua ação a todo o território do continente e da região autónoma da Madeira”.
Segundo Eduardo Cabrita, existem mais de 250 equipas profissionais a nível nacional que cobrem todos os concelhos onde foram identificadas freguesias de risco, assegurando que o Governo “irá mais além até ao final do ano, num projeto em articulação com a Liga dos Bombeiros Portugueses”. “Teremos até ao final do ano, mais de 1.500 bombeiros com estatuto profissional apoiados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil”, indicou.
De acordo com Eduardo Cabrita, neste momento e depois da fase de prevenção com a limpeza do mato, a mobilização está centrada na autoproteção. “Neste momento, há centenas de freguesias que assumiram já o seu trabalho. Temos aqui um grande esforço em que é necessário estar sempre atento. De certeza que vamos ter incêndios florestais, mas é necessário estar preocupado e preparado e penso que os portugueses estão todos mobilizados para este esforço”, concluiu.
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